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Lula volta a Brasília para destravar PEC da Transição e negociar com partidos

Petista também tem encontro com representante do governo americano e discute relatórios setoriais da equipe de transição

SAO PAULO, BRAZIL - OCTOBER 05: (R-L) Candidate Luiz Inacio Lula da Silva of Workers' Party (PT) arrives with Gleisi Hoffmann President of Party (PT) for a meeting with leaders of different parties as part of the strategy for the presidential run-off on October 05, 2022 in Sao Paulo, Brazil. Lula will compete against Incumbent and candidate Jair Bolsonaro of Liberal Party (PL) in the presidential runoff on October 30, 2022.  (Photo by Ricardo Moreira/Getty Images) (Ricardo Moreira/Getty Images)

SAO PAULO, BRAZIL - OCTOBER 05: (R-L) Candidate Luiz Inacio Lula da Silva of Workers' Party (PT) arrives with Gleisi Hoffmann President of Party (PT) for a meeting with leaders of different parties as part of the strategy for the presidential run-off on October 05, 2022 in Sao Paulo, Brazil. Lula will compete against Incumbent and candidate Jair Bolsonaro of Liberal Party (PL) in the presidential runoff on October 30, 2022. (Photo by Ricardo Moreira/Getty Images) (Ricardo Moreira/Getty Images)

AO

Agência O Globo

Publicado em 5 de dezembro de 2022 às 07h13.

Última atualização em 5 de dezembro de 2022 às 07h16.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), desembarcou ontem em Brasília com duas missões: negociar o espaço que cada partido aliado terá em seu novo governo e, ao mesmo tempo, destravar a negociação para aprovar a proposta que libera o pagamento de R$ 600 do Bolsa Família a partir de 2023, a chamada “PEC da Transição”. Na capital federal, o petista também participa de encontro com representante do governo americano de Joe Biden e discute os relatórios setoriais apresentados pela equipe de transição.

O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, chega a Brasília hoje. De acordo com a porta-voz do Conselho, Sullivan deverá discutir com Lula parcerias em temas como mudanças climáticas e segurança alimentar. O encontro está marcado para ocorrer ainda pela manhã.

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Além do presidente eleito, Sullivan também se reunirá com o senador Jaques Wagner (PT-BA), cotado para assumir algum ministério no governo petista. Com a administração Jair Bolsonaro, a reunião será com o secretário especial de Assuntos Estratégicos, Flávio Rocha, que despacha no Palácio do Planalto e atua em assuntos internacionais.

A “PEC da Transição” é a prioridade da equipe de Lula antes da posse e, por isso, o presidente deve se dedicar nos próximos dias às conversas sobre a proposta. Ele tem liderado pessoalmente as negociações e dado a palavra final em temas como a duração da medida. Hoje, a Proposta de Emenda à Constituição tira do teto de gastos (que trava as despesas federais) o Bolsa Família por quatro anos. Parlamentares, inclusive aliados, querem reduzir esse prazo para dois anos. No total, a PEC tem um custo de R$ 198 bilhões, que também deve ser reduzido.

Na sexta-feira, Lula adiantou que reservará parte da agenda da semana a partidos aliados de pequeno porte. Desde que foi eleito, o petista já conversou com legendas de bancadas robustas, como União Brasil, MDB e PSD, s consideradas fundamentais para a governabilidade e para a aprovação da PEC. Nenhuma delas, porém, estava na coligação que o elegeu em outubro.

Lula também deve acompanhar o trabalho de parte dos 31 grupos técnicos da transição. Na semana passada, os colegiados entregaram diagnóstico preliminar com sugestões de atos normativos que devem ser revogados a partir de janeiro de 2023. Até o dia 11, esses grupos devem apresentar um relatório final, com sugestões para o novo governo.

No próximo dia 12 Lula será diplomado em solenidade do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Depois disso, deve viajar aos Estados Unidos para conversar com Biden. Na sexta-feira, Lula disse que pretende abordar com o colega americano assuntos como a guerra na Ucrânia e a postura de líderes como o ex-presidente dos EUA Donald Trump e Jair Bolsonaro.

Lula ainda não deixou claro quando irá anunciar os indicados ao seu ministério. Na semana passada, disse que já tem 80% dos nomes “na cabeça”, mas que ainda precisaria de mais conversas com aliados. Uma das apostas entre petistas é que os indicados à Fazenda e à Defesa estejam na primeira leva de anúncios. Os favoritos para esses cargos são, respectivamente, Fernando Haddad e José Múcio.

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