Lula: presidente viaja para Cuba nesta sexta-feira, 15. (Miguel Schincariol / AFP/Getty Images)
Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 15 de setembro de 2023 às 07h34.
Última atualização em 15 de setembro de 2023 às 07h57.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viaja para Cuba nesta sexta-feira, 15, para participar da cúpula do G77 + China, grupo de mais de 100 países da Ásia, África e América Latina, que tem como objetivo promover uma nova ordem internacional.
A expectativa é que mais de 30 chefes de Estado e de Governo participem da reunião de nos dias 15 e 16 em Havana. Além de Lula, o argentino Alberto Fernández, o colombiano Gustavo Petro, assim como o sul-africano Cyril Ramaphosa e o secretário-geral da ONU, António Guterres, participam do evento.
O encontro deste ano terá como foco discussões sobre "os desafios atuais do desenvolvimento: o papel da ciência, da tecnologia e da inovação".
"Com a Cúpula de Havana, reafirmaremos nosso compromisso com o multilateralismo, a cooperação e o desenvolvimento", disse o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, em publicação no X, o antigo Twitter.
Além da participação na cúpula, Lula também deve ter uma agenda unilateral com Miguel Diaz-Canel. Será a primeira viagem oficial de um presidente brasileiro ao país caribenho em nove anos. A última foi em 2014, quando a ex-presidenta Dilma Rousseff esteve em Havana. Após participar do G77, o petista viaja para os Estados Unidos, onde fará o discurso de abertura da 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, na terça-feira, 19.
O grupo foi criado em 1964 por 77 nações. Hoje conta com 134 membros, além da China, e é o principal foro de cooperação dos países em desenvolvimento dentro do sistema ONU. Inclui a grande maioria dos países do chamado Sul Global: da América do Sul e Caribe, África, Oriente Médio, Sul e Sudeste Asiático e Oceania.
Segundo Palácio do Planalto, o principal objetivo do grupo é promover a coordenação dos países em diversas agendas de interesse comum – econômico-comercial, climática, ciência e tecnologia, entre outras – de forma a obter mais poder de barganha no cenário internacional. A conferência ocorre em Havana porque este ano Cuba tem a Presidência temporária, que em 2024 passará para Uganda.