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Lula vai dar abraço simbólico na Petrobras

Abraço marcará a nova fase da campanha da presidente Dilma Rousseff, a vinte dias da eleição


	Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula durante um comício em Recife
 (Ricardo Stuckert/Instituto Lula/Divulgação)

Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula durante um comício em Recife (Ricardo Stuckert/Instituto Lula/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2014 às 21h47.

Brasília - Um abraço simbólico na Petrobras, na próxima segunda-feira, 15, marcará a nova fase da campanha da presidente Dilma Rousseff, a vinte dias da eleição.

Em mais uma ofensiva para se contrapor à candidata do PSB, Marina Silva, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará na comissão de frente da manifestação, que terá como mote "a defesa do pré-sal e da Petrobras"

Dilma não participará do ato, mas tudo foi planejado para criar uma agenda de impacto na campanha petista, desviando o foco das denúncias feitas pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa - preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal - sobre um esquema de corrupção na empresa.

Pelo roteiro traçado, Lula e também candidatos ao governo do Rio, além de representantes de centrais sindicais e movimentos sociais, sairão da Cinelândia, por volta de 11 horas, com destino à sede da Petrobras. Lá, todos darão um grande abraço na estatal.

A manifestação ocorrerá após Marina acusar o PT, na quinta-feira, 11, de pôr na Petrobras um diretor para "assaltar" os cofres da empresa. Para Dilma, a declaração foi "leviana e inconsequente".

Na tentativa de desgastar sua principal adversária, a presidente interpretou as poucas linhas dedicadas por Marina ao pré-sal, no programa de governo, como sinal de que ela "não dará prioridade" ao tema, prejudicando, assim, investimentos previstos para educação e saúde.

A ex-ministra do Meio Ambiente acusou o PT de usar o pré-sal como "cortina de fumaça" para esconder os escândalos na Petrobras e disse que os petistas agem dessa forma porque "estão desesperados".

"Não é correto xingar nem mentir, mas estamos falando a verdade sobre o pré-sal, sobre o Banco Central e sobre as contradições de Marina", rebateu o ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini.

A presença dos quatro candidatos da base aliada ao governo do Rio (Luiz Fernando Pezão, do PMDB; Lindbergh Farias, do PT; Anthony Garotinho, do PR, e Marcelo Crivella, do PRB), no ato convocado para dar um abraço na Petrobras, ainda está sendo negociada pelo comitê da reeleição.

Articuladores da campanha de Dilma tentam convencer os candidatos fluminenses a dar uma trégua nas divergências, sob o argumento de que a manifestação renderá dividendos para a imagem de todos.

Ainda na segunda-feira, Dilma receberá o apoio de artistas e intelectuais, em ato que ocorrerá à noite, no Teatro Oi Casa Grande, no Leblon, com a presença de Lula. Antes, ela participará do lançamento do livro "Um País chamado Favela".

Festa

O Palácio do Planalto e o comitê da reeleição comemoraram nesta sexta-feira o crescimento de Dilma nas pesquisas. Ministros e dirigentes do PT também avaliaram que a estratégia de atacar Marina surtiu efeito e deve ser ampliada.

Na pesquisa CNI-Ibope, divulgada hoje, Dilma ampliou a vantagem sobre Marina e aparece agora com 39% das intenções de votos. A ex-ministra do Meio Ambiente está com 31% e Aécio Neves, do PSDB, com 15%.

Na simulação do segundo turno, haveria empate técnico entre Dilma e Marina.

Por esse levantamento, Marina teria 43%, apenas um ponto porcentual a mais do que a presidente, com 42%. Nos trackings do PT, no entanto, Dilma ultrapassou Marina no segundo turno.

Se a eleição fosse hoje ainda haveria empate técnico, dentro da margem de erro da pesquisa, mas a distância entre as duas seria de no máximo quatro pontos.

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