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Lula sobre Alckmin: 'Quero construir uma chapa para ganhar as eleições'

Nesta segunda-feira, 29, Alckmin fez novos acenos a uma aliança com Lula durante conversa a portas fechadas com presidentes de centrais sindicais, que defendem a aliança

Lula: durante a entrevista, ele voltou a afirmar que ainda não bateu o martelo sobre sua candidatura à Presidência (NELSON ALMEIDA / AFP/Getty Images)

Lula: durante a entrevista, ele voltou a afirmar que ainda não bateu o martelo sobre sua candidatura à Presidência (NELSON ALMEIDA / AFP/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de novembro de 2021 às 15h48.

Última atualização em 30 de novembro de 2021 às 16h32.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou a hipótese de ter Geraldo Alckmin (de saída do PSDB) na vice de sua chapa presidencial em 2022 e disse que aguarda a definição do novo partido do ex-governador para avançar nas negociações. Em entrevista para a rádio Gaúcha FM nesta terça-feira, 30, o petista afirmou que ambos estão buscando construir um acordo.

"Tive uma extraordinária relação com o Alckmin no meu governo. Ele está definindo qual será seu partido político e nós estamos no processo de conversar. Vamos ver se é possível construir uma aliança política. Mas é o seguinte: eu quero construir uma chapa para ganhar as eleições", disse Lula.

Nesta segunda-feira, 29, Alckmin fez novos acenos a uma aliança com Lula durante conversa a portas fechadas com presidentes de centrais sindicais, que defendem a aliança. O tucano, que negocia filiação no PSB, PSD e União Brasil, tem sido cortejado por petistas para dar um caráter ideológico mais amplo à candidatura Lula, sinalizando ao centro e valorizando a responsabilidade fiscal no histórico de Alckmin como gestor.

Durante a entrevista, Lula voltou a afirmar que ainda não bateu o martelo sobre sua candidatura à Presidência, embora tenha assumido uma agenda claramente pré-eleitoral, de costuras regionais. Se eleito, disse, vai rever a política de paridade de preços da Petrobras para tentar controlar a inflação, tema usado pelo petista como munição contra o presidente Jair Bolsonaro. Ele também criticou o teto de gastos adotado no governo do ex-presidente Michel Temer. "O teto de gastos só pode ser aprovado em um país onde o presidente da República não tem autoridade moral para decidir o que fazer, o que gastar, onde investir", disse, sem explicitar se pretende buscar mudanças nos limites legais.

O petista voltou a se defender de acusações de corrupção em seus mandatos. Ele alegou que a marca dos governos petistas foram as políticas de inclusão social, não o mensalão e o petrolão. "Nenhum governo criou mais instrumentos de combate à corrupção que Lula e Dilma", disse, citando leis regulamentadas quando o partido ocupava a cadeira do Executivo, como a da delação.

"Quem praticou corrupção no PT foi punido, foi responsabilizado. O que nós queremos é que a investigação seja bem-feita, que não seja feita por um mentiroso como o Moro ou por uma quadrilha como a do Dallagnol", afirmou.

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