O ministro da Casa Civil, Rui Costa, o presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, durante encontro com dirigentes de centrais sindicais, no Palácio do Planalto. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Agência de notícias
Publicado em 12 de novembro de 2024 às 10h56.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a se reunir com ministros para tratar sobre o pacote de contenção de gastos, discussão que já acontece há três semanas. Na manhã desta terça-feira, 12, Lula está com os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Luiz Marinho (Trabalho) e Rui Costa (Casa Civil).
As discussões sobre as medidas, que visam dar sustentabilidade ao arcabouço fiscal e à dívida pública, se intensificaram depois do segundo turno das eleições municipais, mas o presidente ainda não bateu o martelo.
Lula vai incluir Ministério da Defesa em discussão sobre corte de gastosO presidente também deve se reunir com os ministros Carlos Lupi (Previdência Social) e Wellington Dias (Desenvolvimento Social) na manhã de hoje, conforme agenda oficial.
Entre as mudanças avaliadas pelo governo estão o seguro-desemprego e o abono salarial, gastos que mais crescem depois da Previdência Social e do Benefício da Prestação Continuada (BPC).
Na semana passada, as reuniões entre Lula, a equipe econômica e os ministros das áreas sociais, que devem ser afetados, chegaram a durar tardes inteiras. Houve, inclusive, alguns embates, como entre Marinho e Haddad. Marinho já chegou a dizer que deixaria o cargo se o governo mexesse no abono salarial e no seguro-desemprego.
Nesta segunda, o ministro da Fazenda disse que Lula pediu para incluir mais um ministério, até agora ausente, nas medidas. Segundo ele, as reuniões com os ministérios do Trabalho, Previdência, Desenvolvimento Social, Saúde e Educação "já se completaram" — apesar de mais uma reunião com Marinho estar em curso.
"O presidente pediu para incluir um ministério nesse esforço, uma negociação que deve ser concluída até quarta-feira. Eu não vou adiantar, porque não sei se vai haver tempo hábil de incorporar o pedido. Mas acredito que vai haver boa vontade", afirmou.