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Lula reafirma importâcia do aumento do salário mínimo, dizendo que brasileiros irão "consumir mais"

Durante evento em Buri (SP), presidente ainda criticou ataques de Israel contra a Palestina e disse, sem citar nomes, que o que fizeram no Brasil 'foi um pouco isso'

Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de celebração dos 10 anos de atividades do Campus Lagoa do Sino da UFSCar e anúncios de investimentos do Ministério da Educação, no Campus Lagoa do Sino da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) (Ricardo Stuckert/Agência Brasil)

Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de celebração dos 10 anos de atividades do Campus Lagoa do Sino da UFSCar e anúncios de investimentos do Ministério da Educação, no Campus Lagoa do Sino da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) (Ricardo Stuckert/Agência Brasil)

Agência o Globo
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Publicado em 25 de julho de 2024 às 06h40.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse na terça-feira, 23, que o aumento do salário mínimo fará com que o brasileiro médio fique “mais bonitão e mais gordo”. A declaração não foi a única fala do chefe do Executivo durante a comemoração dos 10 anos do campus Lagoa do Sino, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), localizada no município de Buri (SP), que repercutiu. No mesmo discurso, ele comparou o Brasil após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff ao que vive a Palestina atualmente.

"A roda gigante da economia fica girando onde todo mundo possa participar definitivamente. O povo consumindo mais, vai comer mais. Comendo mais, os agricultores vão ter que plantar mais. Plantando mais, a gente vai ter comida mais barata e a gente vai ser mais bonitão, mais gordo e mais saudável neste país", comentou Lula.

Comparação entre Brasil e Palestina

Em outro momento da cerimônia, o petista afirmou que “o que fizeram” no Brasil nos últimos anos, após impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), “é o que o Netanyahu está fazendo na Faixa de Gaza, lá na Palestina”, sem citar nomes ou dar detalhes. Lula criticou os ataques de Israel à Palestina e disse que o país descumpre as decisões da Organização das Nações Unidas (ONU).

"Este país, eu diria, o que eles fizeram nesses últimos (anos) depois do impeachment da Dilma é o que o Netanyahu está fazendo na Faixa de Gaza, lá na Palestina. O que eles fizeram com esse país foi um pouco isso. No fim de semana, morreram mais 70 pessoas, a semana passada morreram mais 90, e quem é que está morrendo, são soldados, são terroristas? Não. São mulheres e crianças que são vítimas de um ataque todo santo dia de um governo que já foi condenado pelo Tribunal Internacional, o mesmo que condenou o (Vladimir) Putin (presidente russo) pela guerra da Ucrânia, condenou Israel porque tá fazendo isso com a Faixa de Gaza. E não é o povo de Israel, porque o povo de Israel quer paz, é o governo que é irresponsável e não tem sequer respeito pelas decisões da ONU. Esse país estava assim", refletiu.

No evento, Lula anunciou reformas nos três campus da universidade, como a construção de uma biblioteca e um auditório, a ampliação do Hospital Universitário em São Carlos e um restaurante universitário no campus Sorocaba. As obras serão feitas com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O campus Lagoa do Sino foi criado em 2014, e tem cursos relacionados à engenharia e agricultura familiar. Também participaram os ministros Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar) e Camilo Santana (Educação), e o escritor Raduan Nassar, que em 2011 doou a fazenda de 643 hectares que hoje abriga a unidade Lagoa do Sino.

Investimento em educação

Lula voltou a afirmar que educação “nunca é gasto, é investimento”, e prometeu terminar o mandato com 782 institutos federais no país. Ele ainda exaltou o Bolsa-Atleta, o Programa Mais Médicos e pediu que os jovens universitários “não desistam da política”.

A visita de Lula a UFSCar ocorre duas semanas após o presidente ser cobrado por uma estudante por entregar uma intervenção ainda incompleta em universidade em São Paulo. No início do mês, o presidente esteve em uma cerimônia no campus de Osasco da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em que uma estudante discursou sobre a demora para a entrega de obras. A obra na universidade foi anunciada por ele mesmo em 2008 e, apesar de inaugurada agora, não está concluída.

"Depois de quatro anos de espera, finalmente estamos presenciando a inauguração oficial de apenas metade de um novo campus da Unifesp. Ainda nos faltam o auditório, o prédio da biblioteca, a quadra e os anfiteatros", disse a estudante de direito Jamily Assis no evento.

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