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Lula prega generosidade e exalta programas sociais

Vídeo foca nos programas sociais, com menção ao Bolsa Família. Lula fala especialmente sobre "generosidade" e contra o "preconceito"


	Lula: "Mais generosidade e menos preconceito vai fazer bem imenso a esse país"
 (Reprodução/Facebook/Lula)

Lula: "Mais generosidade e menos preconceito vai fazer bem imenso a esse país" (Reprodução/Facebook/Lula)

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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2014 às 16h35.

São Paulo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) divulgou nesta quarta-feira um vídeo no seu perfil oficial do Facebook com discurso de união dos brasileiros após a eleição.

O vídeo foca nos programas sociais, com menção ao Bolsa Família. Lula fala especialmente sobre "generosidade" e contra o "preconceito".

"É um equívoco das pessoas que se opõem às políticas sociais. As pessoas deveriam agradecer a Deus essas políticas sociais, porque elas elevaram a vida das pessoas", diz o ex-presidente.

Levando o discurso da sua sucessora reeleita Dilma Rousseff (PT) para um tom de maior apelo popular, Lula falou contra o "ódio" que, segundo ele, prejudica o processo de inclusão social.

"Fico imaginando como sofre a pessoa com ódio, acho que nem dorme, que tem úlcera. Pode até estar doente porque não é possível. Se eu pudesse falar para essas pessoas que têm preconceito, eu diria 'ó, felicidade ou a gente reparte ou a gente perde, porque não é possível a gente ser feliz sozinho'."

E faz um convite às pessoas "preconceituosas" para que abram "sua cabeça, seu coração e sua alma" e deem chances aos outros de "terem o que você já tem".

Em um tom informal, de conversa com o internauta, e vestindo uma camiseta vermelha com a estrela símbolo do PT, Lula destacou conquistas dos últimos 12 anos de governo petista, em especial o combate à miséria e inclusão por meio do Bolsa Família.

Ele disse que a oposição criticou o programa, mas que foi ele que permitiu a mudança social do país.

Citou o caso de São Paulo, estado mais rico do país e onde, décadas atrás, havia dezenas de crianças pedindo esmola nos semáforos.

"Hoje o que é que tem na periferia de São Paulo, pedindo, tem malabarista, fazendo arte pra gente lá, um monte de coisa fantástica", contrapôs.

"Mudou o cenário. A miséria absoluta acabou, as pessoas criaram um pouco de cidadania e quem ganhou mais com isso? A classe média."

Lula citou também, ainda que brevemente, a regulamentação profissional de empregados domésticos, um feito do governo Dilma.

"A patroa não tem que ficar com raiva, tem que ficar feliz porque a pessoa progrediu", disse, reforçando o discurso positivo de união.

"A repartição dos espaços públicos para toda a sociedade, sem diferença de classe social, é uma conquista de toda a democracia", completou.

O ex-presidente associou a postura contra os programas sociais de parte da população à falta de generosidade e explicou o que considera ser o papel do Estado.

"Cabe ao Estado estender a primeira mão, cabe à sociedade estender a segunda mão, para a gente tirar todo mundo de baixo e fazer subir um degrau, depois subir dois, depois subir três. De repente, está todo mundo vivendo um padrão de vida decente e digno nesse país", disse Lula.

Para o ex-presidente, ver a entrada de 40 milhões de brasileiros na classe média deveria ser motivo de alegria para todos, a não ser que haja preconceito.

"Mais generosidade e menos preconceito vai fazer bem imenso a esse país", afirmou.

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