Lula: o petista vinha sendo cobrado por aliados e por apoiadores por observar representatividade na formação da Esplanada (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Agência O Globo
Publicado em 22 de dezembro de 2022 às 12h56.
Ao anunciar um pacote de 16 ministros de seu futuro governo nesta quinta-feira, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nomeou seis mulheres e três ativistas do movimento negro. Desde que havia indicado, ainda em novembro, a primeira leva, formada por cinco homens, o petista vinha sendo cobrado por aliados e por apoiadores por observar representatividade na formação da Esplanada. Até aqui, as mulheres representam 28,5% dos futuros ministros.
Outras mulheres estão cotadas para integrarem o primeiro escalão. Entre elas, a senadora Simone Tebet (MDB), que apoiou Lula no segundo turno, não ficará com o Desenvolvimento Social, como preferia; a ex-ministra Marina Silva (Rede), cotada para o Meio Ambiente ou para a autoridade climática; e a ex-jogadora de vôlei Ana Moser, para a pasta de Esportes.
Além delas, foram incluídos na futura gestão três representantes do movimento negro: o advogado e filósofo Silvio Almeida, para Direitos Humanos, além de Anielle Franco e Margareth Menezes.
Ao anunciar o primeiro pacote, Lula reconheceu estar sendo cobrado e pediu paciência aos apoiadores, afirmando que a representatividade era uma de suas preocupações ao montar o quebra-cabeça da equipe. Nesta quinta-feira, Lula se referiu ao futuro ministro do Desenvolvimento Social, o ex-governador do Piauí Wellington Dias, que tem origem indígena", como "nosso melhor índio".
Desde a campanha eleitoral, Lula vem afirmando que criará o Ministério dos Povos Originários, para representar os indígenas no primeiro escalão. A líder da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APib), Sônia Guajajara, filiada ao PSOL, a líder indígena Joenia Wapichana e o procurador jurídico da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari, Eliésio Marubo, são os cotados para a nova pasta.
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