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Lula nega divergência com Augustin e diz que brincou

Ex-presidente minimizou as críticas que fez à política econômica do governo da presidente Dilma Rousseff

Lula durante o Fórum Empresarial: América Latina e Caribe Global 2014 (Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

Lula durante o Fórum Empresarial: América Latina e Caribe Global 2014 (Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

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Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2014 às 21h26.

São Paulo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva minimizou, na noite desta terça-feira, 10, as críticas que fez na sexta-feira passada, dia 6, em Porto Alegre, à política econômica do governo da presidente Dilma Rousseff, em especial ao secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, em razão da não liberação de crédito pela atual equipe de governo.

"Não teve divergência não, eu sou do governo", disse Lula, em rápida entrevista coletiva, após participar do encerramento do Fórum América Latina e Caribe Global, na capital.

Apesar de dizer que não tem divergências com a equipe econômica do governo de sua afilhada política, Lula disse que "aboliu a palavra gastar" quando dirigiu o País, de 2002 a 2010.

"Tudo o que a gente gasta com educação, com saúde e com investimento em infraestrutura é investimento e não gasto", frisou.

Contudo, disse que a afirmação que dirigiu a Arno Augustin, na sexta-feira, foi uma brincadeira que a imprensa levou a sério.

"O que eu brinquei a imprensa transformou numa coisa séria, como se fosse uma divergência profunda. Eu brinquei com ele (Arno), dizendo: Dá para liberar um pouquinho de crédito? E ele não ficou bravo, só vocês (imprensa) acharam que foi divergência."

Na sexta-feira, em evento em Porto Alegre, Lula disse: "Se depender do pensamento do Arno você não faz nada.

Não é por maldade dele, não. A nossa tesoureira em casa é a nossa mulher e também é assim. Elas não querem gastar, só querem guardar, mas tem que gastar um pouco também."

Esta foi a segunda vez, em menos de dois dias, que Lula reclamou da política econômica. Na véspera, em palestra também em Porto Alegre, o ex-presidente disse estar insatisfeito com as projeções de inflação e defendeu que o governo aplicasse um "remédio já" para evitar o descontrole dos preços.

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