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Lula lamenta ausência de Campos no palanque do PT

O ex-presidente disse, porém, que sabe separar questões pessoais de políticas e reafirmou sua amizade com Campos


	Lula: ele criticou a oposição por minimizar as conquistas sociais do passado recente
 (Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

Lula: ele criticou a oposição por minimizar as conquistas sociais do passado recente (Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2014 às 18h15.

São Paulo - Em entrevista ao Jornal do Commercio, de Pernambuco, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou que o PT e Eduardo Campos (PSB) não tenham "conseguido seguir parceiros nessa caminhada".

Lula disse, porém, que sabe separar questões pessoais de políticas e reafirmou sua amizade com Campos.

"O Eduardo tem o direito de querer ser candidato, agora, eu acho que a presidenta Dilma é a mais preparada para avançar nas conquistas do país", afirmou.

"Creio que o Eduardo não pode exagerar nas críticas, porque ele sabe que é o mesmo projeto, o projeto do qual ele participou, e que tantos avanços trouxe para Pernambuco e o Brasil."

Na entrevista, Lula criticou a oposição por minimizar as conquistas sociais do passado recente.

De acordo com ele, a oposição foi contra o Bolsa Família, o apoio à agricultura familiar, o Programa Universidade para Todos (Prouni), as cotas e o aumento do salário mínimo.

"Contra os programas que tiraram 36 milhões de pessoas da extrema-miséria, levaram 42 milhões para a classe média e geraram mais de 20 milhões de empregos", afirmou.

Segundo Lula, hoje "anda em moda" o discurso de que todo esse avanço foi apenas por "esforço próprio", que o governo não teve papel algum.

Mas, perguntou, se fosse "apenas isso, porque o povo não se esforçou no governo do PSDB?"

"Claro que o povo se esforçou. O povo se esforça sempre, uma mãe sempre se esforça pelos filhos", respondeu à própria pergunta. Conforme o ex-presidente, no entanto, não havia oportunidades.

Lula afirmou ainda que não existe e nem nunca existiu "plano B" à candidatura de Dilma à reeleição, ao comentar pedidos de "volta, Lula".

"Desde que a Dilma foi eleita, em 2010, é um direito natural dela pleitear a reeleição. E eu vou ser o cabo eleitoral número 1", disse.

O ex-presidente disse que estará onde Dilma achar importante, "mostrando o que fizemos nesses 12 anos governando o Brasil".

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