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Lula já trocou um quinto dos ministros desde o início do governo

Foram sete trocas na equipe desde que assumiu o terceiro mandato; siglas aliadas esperam nova reforma ministerial para conquistar mais espaços na Esplanada

Lula já fez sete trocas ministeriais desde o início do governo (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Lula já fez sete trocas ministeriais desde o início do governo (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Agência o Globo
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Publicado em 20 de janeiro de 2025 às 08h25.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reúne seus ministros nesta segunda-feira, 20, em um encontro marcado pela expectativa de novas trocas na equipe. Desde o início do terceiro mandato, Lula já promoveu sete mudanças no alto escalão, sendo a mais recente a substituição de Paulo Pimenta por Sidônio Palmeira na Secretaria de Comunicação Social (Secom).

Integrantes da articulação política do Palácio do Planalto afirmam que as alterações nos ministérios têm como objetivo fortalecer a base governista para aprovar projetos no Congresso e ampliar o apoio a Lula na eleição presidencial de 2026. Desde o início do mandato, a maior parte das mudanças ocorreu para atrair partidos à base governista e alinhar estratégias para o próximo pleito.

Partidos do Centrão esperam mais mudanças

Apesar das trocas já realizadas, partidos do Centrão que apoiam o governo continuam pressionando por mais espaço na Esplanada. No entanto, até o momento, presidentes dessas legendas não foram chamados por Lula para discutir a reforma ministerial. Segundo a cúpula do Congresso, as movimentações mais concretas devem ocorrer apenas em março, após o Carnaval.

Entre as mudanças já feitas, destaca-se a substituição da atleta Ana Moser no Ministério dos Esportes pelo deputado André Fufuca (PP-PE), a saída de Márcio França da pasta de Portos e Aeroportos, e a troca de Daniela Carneiro (União-RJ) no Ministério do Turismo por Celso Sabino (União-PA). França, no entanto, foi remanejado para o recém-criado Ministério do Empreendedorismo e Microempresa, que possui menor relevância política.

Movimentações políticas estratégicas

Alguns partidos que hoje ocupam ministérios, como o PP e os Republicanos, faziam parte da coligação do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas abriram diálogo com o governo de Lula. Apesar de terem ganhado espaço na Esplanada, essas siglas ainda estão divididas entre apoiar ou fazer oposição ao governo no Congresso.

O mesmo ocorre com União Brasil, MDB e PSD, que possuem três ministérios cada desde o início do governo, mas também enfrentam divisões internas sobre o alinhamento com Lula.

Outras mudanças na equipe ministerial foram motivadas por crises internas, como a saída do general Gonçalves Dias do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), substituído pelo general Amaro, e a troca de Silvio Almeida por Macaé Evaristo no Ministério dos Direitos Humanos.

Saída de Flávio Dino e nomeações ao STF

A substituição de Flávio Dino no Ministério da Justiça também gerou destaque recentemente. Dino deixou o cargo após ser nomeado para o Supremo Tribunal Federal (STF). Em seu lugar, assumiu o ex-ministro do STF Ricardo Lewandowski, o que reforçou o peso político das movimentações ministeriais.

As próximas mudanças no governo deverão ser observadas com atenção, especialmente com a proximidade do ano eleitoral de 2026, em que Lula busca ampliar sua base e consolidar apoios estratégicos.

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