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Lula ironiza Serra e lembra caso da ‘bola de papel’

Lula ainda afirmou que a eleição paulistana é a "mais complicada" da qual ele já participou na cidade


	O presidente Luiz Inácio Lula da Silva: o ex-presidente trouxe o episódio à tona para pedir cautela aos militantes presentes no ato

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva: o ex-presidente trouxe o episódio à tona para pedir cautela aos militantes presentes no ato

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Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2012 às 23h26.

São Paulo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ironizou nesta sexta-feira (5) o candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, durante comício na Praça da Sé, centro da capital, e lembrou o episódio da bola de papel atirada contra o tucano durante a campanha presidencial de 2010. Na ocasião, Serra foi atingido na cabeça por um rolo de fita adesiva e uma bola de papel durante caminhada no Rio. O tucano disse ter se sentido "meio grogue" e colocou um saco plástico com gelo na cabeça. Em seguida, se dirigiu a um hospital, onde se submeteu a uma tomografia.

O ex-presidente trouxe o episódio à tona para pedir cautela aos militantes presentes no ato. "A gente não pode nesses últimos dias (da eleição) aceitar nenhuma provocação, porque nós sabemos que tem muito candidato aí que até uma bolinha de papel que alguém jogou na cabeça dele ele diz que foi uma agressão e culpou o PT. Então, por favor, nada de brincar com bolinha de papel, nada de brincar de bolinha de isopor, nada. A partir de agora, nem bolinha de sabão vocês podem fazer", afirmou Lula. Em tom de deboche e sem citar expressamente o nome do adversário, o ex-presidente disse que Serra é "frágil" e que "qualquer coisa o machuca".

Lula ainda afirmou que a eleição paulistana é a "mais complicada" da qual ele já participou na cidade, pois "há um embolamento", e disse que ganhará "o melhor". Ao descer do trio elétrico, o ex-presidente afirmou a jornalistas que Haddad será o candidato mais votado no primeiro turno.

O discurso de Lula foi breve, com duração de quatro minutos. Haddad não fez uso da palavra, por orientação dos advogados do PT. A legislação eleitoral proíbe, a partir desta sexta, o uso de equipamentos de som fixos. Como o trio elétrico usado pelos petistas estava estacionado na Praça da Sé, em frente à catedral, Haddad optou por não discursar. Antes de Lula falar, o candidato solicitou ao ex-presidente, ao pé do ouvido, que ele não pedisse votos e somente agradecesse à militância.

O ato na Praça da Sé foi o encerramento de uma caminhada iniciada na Praça da República, da qual participaram Haddad, sua mulher Ana Estela e diversos parlamentares e candidatos petistas. Pela manhã, Haddad fez uma caminhada pelo Brás, de cerca de três horas.

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