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Lula e FHC podem mediar conflito na Venezuela

Além dos brasileiros, grupo seria integrado pelo ex-presidente do governo espanhol, Felipe González, e o ex-presidente colombiano, César Gaviria


	Lula, Dilma e FHC: ex-presidentes podem fazer parte de um grupo de ex-líderes para mediar o conflito entre o governo e a oposição na Venezuela
 (Antônio Cruz/Agência Brasil)

Lula, Dilma e FHC: ex-presidentes podem fazer parte de um grupo de ex-líderes para mediar o conflito entre o governo e a oposição na Venezuela (Antônio Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2014 às 18h27.

Bogotá - Os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva podem fazer parte de um grupo de ex-líderes para mediar o conflito entre o governo e a oposição na Venezuela, revelou nesta sexta-feira o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos.

Santos fez esta revelação em entrevista publicada pelo jornal "El Tiempo" na qual foi perguntado pela eventual formação de uma comissão mediadora para a crise no país vizinho.

Além de Lula e FHC, o grupo seria integrado pelo ex-presidente do governo espanhol, Felipe González, e o ex-presidente colombiano, César Gaviria, de acordo com a publicação.

"Houve iniciativas nesse sentido, mas não foram propostas pela Colômbia. Se a Venezuela considerar que somos úteis, ali estaremos. Sempre e quando a oposição também considerar assim. Sei que há interesse", disse Santos.

O presidente colombiano se referiu com cautela à situação na Venezuela e afirmou que os dois governos têm um pacto de não interferência em assuntos internos para evitar problemas como os que houve no passado, motivo pelo qual apressou-se a dizer que "nem sequer" está "intervindo" nesse suposto plano.

"O pior seria provocar o governo venezuelano para que se volte contra a Colômbia e voltemos ao que tínhamos há quatro anos", afirmou, em alusão a um momento no qual os laços diplomáticos e comerciais estiveram quebrados por vários meses.

Poucos dias depois do início dos protestos na Venezuela no último dia 12 de fevereiro, quando uma passeata em Caracas terminou em distúrbios e três mortes, Santos enviou uma mensagem que pedia diálogo e que enfureceu o governo venezuelano, que o acusou de intrometer-se em um assunto interno.

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