Brasil

Lula é culpado pela ascensão do PMDB, diz Ciro Gomes

O ex-ministro criticou o posicionamento de dirigentes petistas que defendem alianças com partidos que apoiaram o impeachment da presidente Dilma

Ciro: "o Lula é o grande responsável por ter feito esse tipo de aliança que botou Michel Temer na Vice-Presidência", disse Ciro (Roosewelt Pinheiro/Agência Brasil)

Ciro: "o Lula é o grande responsável por ter feito esse tipo de aliança que botou Michel Temer na Vice-Presidência", disse Ciro (Roosewelt Pinheiro/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de novembro de 2017 às 10h48.

Belo Horizonte - O ex-ministro Ciro Gomes (PDT), pré-candidato à Presidência, criticou nesta quinta-feira, 9, o posicionamento de dirigentes petistas que defendem alianças com partidos que apoiaram o impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff.

Para Ciro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o "culpado" pela ascensão do PMDB ao Palácio do Planalto. "O Lula é o grande responsável por ter feito esse tipo de aliança que botou Michel Temer na Vice-Presidência e na linha de sucessão. É o grande responsável por ter 'empoderado' o (deputado cassado) Eduardo Cunha (PMDB)."

Em Belo Horizonte para participar de palestras, Ciro se encontrou com o prefeito da capital, Alexandre Kalil (PHS). Ex-ministro da Integração Nacional durante o primeiro mandato de Lula, Ciro disse ainda que o grupo político do ex-presidente "anda confraternizando com essa gente".

"O PT votou no Eunício (Oliveira) para a presidência do Senado. Como é que a gente diz para o povo que houve 'golpe' e, ato contínuo, pratica a contradição de confraternizar com o chefe dos 'golpistas'? O presidente do Senado que praticou o golpe era o Renan Calheiros (PMDB-AL). Não é possível que quem tenha essa fidelidade ao povo doure a pílula. É por que vai ser candidato? Romero Jucá (PMDB-RR) vai ser líder de novo? Meirelles, ministro da Fazenda? Comigo não, violão", afirmou o ex-ministro.

Sobre possíveis alianças para a disputa pela Presidência, Ciro afirmou que "não confraterniza com golpista". Porém, disse que o momento agora é "como treino livre de Fórmula 1". "Tá todo mundo correndo sozinho na pista, conhecendo o circuito. O grid, ou seja, os tempos, só em março", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Ciro GomesDilma RousseffImpeachment de Dilma RousseffLuiz Inácio Lula da SilvaPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Entenda 'fatiamento' de denúncia contra Bolsonaro e veja quem está em cada grupo

Rio cria canal para denúncias de trabalhadores em calor extremo

Senado aprova projeto que libera emendas bloqueadas em primeira sessão presidida por Alcolumbre

Entenda os argumentos da PGR para denunciar Bolsonaro e outras 33 pessoas por tentativa de golpe