DF - GOVERNO/TRANSIÇÃO/CCBB/LULA/PARLAMENTARES - POLÍTICA - O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), durante reunião com parlamentares para a transição de governo, na manhã desta quinta-feira (10), no teatro do Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), em Brasília. 10/11/2022 - (WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO/Estadão Conteúdo)
Da redação, com agências
Publicado em 22 de dezembro de 2022 às 12h09.
Última atualização em 22 de dezembro de 2022 às 12h09.
A equipe de transição de governo, liderada pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), apresentou nesta quinta-feira, 22, o relatório sobre a conclusão dos trabalhos.
Alckmin apresentou dados e diagnósticos de diversas áreas analisadas pela equipe. O vice-presidente repetiu que houve retrocessos no atual governo em diversas áreas, com destaque para os colapsos na Educação e na Saúde. "O governo federal andou para trás", criticou novamente. "Fico feliz que na PEC da Transição, os mais expressivos recursos serão destinados no orçamento para a Saúde" completou.
Na área de educação, ele disse que houve "enormes retrocessos". O vice diplomado destacou a queda na vacinação e o alto índice de mortes de covid-19, a queda de recurso para a cultura e habitação, o aumento de feminicídio e o avanço do desmatamento, em especial na Amazônia. Ele criticou a gestão dos estoques reguladores de alimentos e a falta de manutenção e prevenção das rodovias federais, que estariam sem contrato em 93% da malha.
A transição também acusa a gestão atual de falta de transparência, citando os sigilos de 100 anos do presidente Jair Bolsonaro. "Verificamos que 26% dos pedidos de acesso à informação foram negados pelo governo federal", acrescentou. Ele ainda voltou a dizer que o Brasil perdeu protagonismo nos fóruns internacionais, lembrando a dívida de R$ 5,5 bilhões com organismos multilaterais.
Alckmin entregou nesta quinta ao presidente diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o relatório final com uma síntese do trabalho dos 32 grupos técnicos do gabinete de transição. "Mais de 5 mil pessoas participaram voluntariamente na transição, como foi na campanha e será no governo. Tivemos os melhores quadros técnicos da academia e dos Poderes da República. São quadros técnicos extremamente preparados dando a sua contribuição", afirmou, lembrando que o gabinete de transição utilizou apenas 23 cargos dos 50 que poderiam ser nomeados.
Para Alckmin, o Brasil "deve muito a Lula". "Não fosse a sua liderança, o seu carisma, a sua forma de ouvir o povo brasileiro não estaríamos aqui. Transição é travessia, e a caravela chegou a um porto seguro com suas velas aladas para a esperança", concluiu.