Brasil

Lula diz que Zelenski não foi a encontro e que proposta de paz da Ucrânia é a rendição da Rússia

Lula explicou que sua equipe havia agendado um encontro com Zelensky na tarde deste domingo, mas o ucraniano teria se atrasado e a sua agenda estava cheia depois disso

Lula disse, ainda, que tanto o ucraniano quanto o presidente russo, Vladimir Putin, não parecem ter interesse em negociar a paz (Ricardo Stuckert/ Twitter/Reprodução)

Lula disse, ainda, que tanto o ucraniano quanto o presidente russo, Vladimir Putin, não parecem ter interesse em negociar a paz (Ricardo Stuckert/ Twitter/Reprodução)

AFP
AFP

Agência de notícias

Publicado em 22 de maio de 2023 às 06h23.

Última atualização em 22 de maio de 2023 às 06h46.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, na manhã desta segunda-feira (noite de domingo, 21, no Brasil), em Hiroshima, ter ficado "chateado" por não ter se encontrado com o contraparte ucraniano, Volodimir Zelensky, durante a cúpula do G7. Lula disse, ainda, que tanto o ucraniano quanto o presidente russo, Vladimir Putin, não parecem ter interesse em negociar a paz.

Zelensky, que fez uma visita surpresa à cúpula dos sete países mais industrializados do planeta, em Hiroshima, no Japão, em busca de apoio diplomático e mais ajuda militar, tentou um encontro bilateral com Lula. O brasileiro foi alvo de críticas, segundo as quais teria sido brando com a Rússia sobre a invasão ao país vizinho.

Tanto Lula quanto Zelensky atribuíram a conflitos de agenda o fato de não terem se encontrado, o que o presidente ucraniano disse, em tom de brincadeira, que poderia ter "decepcionado" o colega brasileiro.

"Eu não fiquei decepcionado. Fiquei chateado porque eu gostaria de encontrar com ele e discutir o assunto", disse Lula durante uma coletiva de imprensa no Japão, antes da viagem de volta ao Brasil. Mas "o Zelensky é maior de idade. Ele sabe o que faz", acrescentou.

Reunião com Zelensky

Lula explicou que sua equipe havia agendado um encontro com Zelensky na tarde deste domingo, mas o ucraniano teria se atrasado e a sua agenda estava cheia depois disso.

Zelensky obteve um apoio expressivo dos líderes do G7 durante a cúpula, incluindo um suporte americano para ter acesso aos caças F-16, há muito reivindicado.

Ele também se encontrou com líderes de países fora do G7, convidados ao evento, e obteve o compromisso do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, de fazer "tudo o que pudermos" para solucionar o conflito. "Eu entendo a sua dor", disse Modi a Zelensky.

O presidente Lula afirmou em uma coletiva de imprensa na noite de domingo, manhã de segunda-feira no Japão, que não se reuniu com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, porque o ucraniano se atrasou e não apareceu para o encontro. O petista afirmou à imprensa que não ficou “decepcionado”, ficou “chateado”.

O presidente ucraniano não teve a mesma demonstração de apoio do Brasil.
Lula disse que não via sentido em se reunir com Zelensky agora e afirmou que nem ele, nem o presidente russo, Vladimir Putin, pareciam querer a paz. "For enquanto, eles não querem conversar. Os dois estão convencidos de que vão ganhar a guerra", acrescentou.

Lula tem promovido a realização de diálogos de paz entre Rússia e Ucrânia e propôs que o Brasil atue como mediador, juntamente com outros países "neutros", como China e Indonésia.

Mas, no mês passado, o brasileiro foi alvo de críticas ao acusar os Estados Unidos de "encorajar" a guerra.

Depois que a Casa Branca o acusou de "reproduzir a propaganda russa e chinesa", Lula baixou o tom e afirmou que o Brasil condena a invasão russa da Ucrânia. Mas voltou a fazer críticas nesta segunda.

Segundo ele, o presidente americano, Joe Biden, está enviando a mensagem de que "Putin tem que se render e pagar por tudo que ele estragou". "Esse discurso não ajuda", afirmou Lula.

LEIA TAMBÉM:

Acompanhe tudo sobre:Luiz Inácio Lula da SilvaVolodymyr-Zelensky

Mais de Brasil

Apesar da alta, indústria vê sinal amarelo com cenário de juros elevado, diz economista do Iedi

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência