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Lula diz que tem 'obsessão por alimento barato', e ministro afirma que alta no preço é passageira

Em evento no Porto de Iguaí, presidente lembrou que já viveu com inflação de 80% ao mês e Luiz Marinho considerou aumento pontual do primeiro trimestre

Agência o Globo
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Publicado em 21 de fevereiro de 2025 às 14h19.

Última atualização em 21 de fevereiro de 2025 às 14h21.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a dizer que tem “obsessão de fazer alimento barato”, em evento no Porto de Itaguaí, Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Na véspera, Lula já havia criticado o preço do ovo e disse que iria se reunir com empresários para discutir os preços dos alimentos.

"Já vivi com inflação de 80% ao mês", disse o presidente ao lado do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.

Marinho, por sua vez, afirmou que a aceleração da inflação dos alimentos neste início de ano é passageira e que a economia continuará crescendo em 2024:

"Temos um aumento pontual no primeiro trimestre dos preços dos alimentos, mas isso vai passar. Mais uma vez vamos fazer esse país ser feliz".

O presidente Lula fez o discurso no Porto de Itaguaí, na Baía de Sepetiba, em cerimônia para a assinatura do contrato de concessão de um terminal portuário de minério de ferro, pela Cedro Participações, grupo mineiro que tem negócios na mineração e no agronegócio e informa ter faturamento anual de R$ 2,5 bilhões.

A Cedro levou a concessão em leilão realizado em dezembro, em certame sem concorrentes, vencido com um lance de apenas R$ 1 milhão de outorga a ser paga para o governo. O projeto do novo terminal prevê R$ 3,6 bilhões em investimentos, a maior das concessões portuárias levadas a leilão pelo Ministério de Portos e Aeroportos no ano passado.

O grupo mineiro opera minas em Nova Lima (MG) e Mariana (MG), com produção de pequeno porte. A projeção informada pela empresa é produzir 20 mil toneladas de minério de ferro em 2025 -- apenas para efeito de comparação, a Vale produziu 328 milhões de toneladas de minério de ferro ano passado.

O Porto de Itaguaí já possui dois terminais privados de mineração, operados pela Vale e pela CSN. A nova concessão seria, portanto, uma alternativa para uma mineradora de pequeno porte como a Cedro ter um canal próprio de escoamento das exportações, considerando projeções de crescimento da produção. As minas em operação pela Cedro têm potencial combinado de produzir 6,9 milhões de toneladas por ano, informa o site do grupo.

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