Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa do Fórum Mundial de Direitos Humanos (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 12 de dezembro de 2013 às 20h46.
Brasília - Mesmo com militantes do PT defendendo a anulação do processo do mensalão e pedindo que os condenados na ação sejam "defendidos", o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não comentou nesta quinta-feira, 12, o julgamento do Supremo.
"Eu tenho dito publicamente, para a imprensa, que não falarei da ação 470 (mensalão) enquanto não terminar a última votação", disse Lula, em discurso na abertura do quinto Congresso do PT, em Brasília. "É uma decisão minha, prudente, e acho que temos coisa a discutir pela frente", afirmou o ex-presidente.
Em seu discurso, Lula também prestou homenagem ao ex-ministro Luiz Gushiken e ao ex-governador de Sergipe Marcelo Déda, militantes da sigla mortos neste ano. "Não estava no nosso prognóstico perder companheiros muito jovens, de uma doença como essa", disse.
Lula também disse que o PT "tem sido vítima das suas virtudes, e não dos seus defeitos". "Somos criticados pelas coisas boas que fizemos e não pelos erros", disse. Segundo ele, não se pode comparar "o emprego do Zé Dirceu num hotel com a quantidade de cocaína num helicóptero". O ex-presidente argumentou a cobertura dos dois casos foi desproporcional.
Por último, Lula também criticou a cobertura da imprensa em relação à sua sucessora, Dilma Rousseff, que participa do congresso.