Lula: ex-presidente deve se entrar à PF hoje (Paulo Pinto - PT/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 7 de abril de 2018 às 13h07.
São Paulo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste sábado (7), em discurso em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo (SP), não ser contra a Operação Lava Jato e que aprova que "bandido seja preso". "Tem de pegar bandido e prender", afirmou. Sobre o apartamento tríplex, no litoral de São Paulo, voltou a afirma que não é seu. "Estou sendo processado e tenho dito claramente que sou o único ser humano processado por um apartamento que não é meu. Moro (o juiz Sérgio Moro) mentiu que apartamento era meu", disse.
"Deram a primazia de os bandidos chamar a gente de petralha", afirmou do palanque. Entre os que o acusam, "nenhum deles dorme com a consciência tranquila que eu durmo", continuou. "Eu acredito na Justiça." O petista disse que se não fosse assim, teria proposto uma revolução. "Certamente, um ladrão não estaria exigindo prova", disse. "Eu tenho a imprensa me atacando; eles não se dão conta que quanto mais me atacam mais cresce relação com o povo."
Lula afirmou ainda não ter medo e disse que gostaria de fazer um debate com Moro sobre a denúncia feita contra ele. "Gostaria que Moro me mostrassem as provas", provocou.
Antes de falar das denúncias, Lula contou histórias sobre sua trajetória no sindicato, lembrando a greve histórica de 1980, interrompendo o discurso, a certa hora, para pedir atendimento a um militante que estava passando mal. O político falou ainda sobre seu governo. "Eu sonhei que era possível governar esse País envolvendo milhões de pessoas pobres na economia", disse. E citou a família. "Antecipação da morte da Marisa (Letícia) foi sacanagem que imprensa e Ministério Público fez contra ela", afirmou.