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Lula diz que convidará Campos Neto para ver 'lugares mais miseráveis do País'

Lula tem feito desde o início do ano críticas ao BC pela manutenção da taxa básica de juros em 13,75% ao ano

Lula: o PT divulgou resolução do Diretório Nacional com carregadas de críticas à política monetária do País (Ricardo Stuckert/PR/Flickr)

Lula: o PT divulgou resolução do Diretório Nacional com carregadas de críticas à política monetária do País (Ricardo Stuckert/PR/Flickr)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 16 de fevereiro de 2023 às 19h41.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta quinta-feira, 16, que pretende levar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para ver os "lugares mais miseráveis do País". Lula voltou a se referir ao dirigente da instituição como "cidadão", disse que só o viu uma única vez e que não tem interesse em brigar com ele.

A declaração foi dada em entrevista à CNN Brasil, que será exibida na íntegra às 18 horas desta quinta-feira.

"Ele (Campos Neto) tem que saber que, neste País, a gente tem que governar para as pessoas que mais necessitam", declarou o presidente da República.

Lula tem feito desde o início do ano críticas ao BC pela manutenção da taxa básica de juros em 13,75% ao ano.

O presidente afirmou ainda que, quando o chefe do Executivo era responsável pela indicação do presidente do Banco Central (BC), "você conversava". "Quando tinha que aumentar, aumenta, não tem problema nenhum, mas você tinha que cuidar do outro lado", disse.

E declarou: "Nós tínhamos o BNDES, que tinha TJLP (taxa de juros de longo prazo), você aumentava meio por cento de juro, você reduzia meio ponto no juro do BNDES para facilitar aqueles que precisavam de investimento para fazer a economia crescer. Você não precisa de briga pra isso, é só utilizar o bom senso."

Nesta quinta-feira, o PT divulgou resolução do Diretório Nacional com carregadas de críticas à política monetária do País.

O partido defende a revisão das metas de inflação, o corte da taxa básica de juros e a "convocação" do presidente do BC pelo Congresso Nacional.

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