Lula: o petista acusou o presidente Temer de entregar a Petrobras a multinacionais e destruir todas as políticas de valorização nacional da empresa (Lula/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 11 de janeiro de 2017 às 15h50.
Em meio ao encontro estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Salvador, na Bahia, onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi aclamado como candidato à presidência da República, o petista afirmou que espera desculpas daqueles que o acusam por crimes de corrupção.
"A única coisa que eu peço a Deus é que essas pessoas, quando chegarem a conclusão de que não têm nada contra mim, eu só quero que eles peçam desculpas", afirmou Lula, a uma plateia de agricultores e militantes do PT que usavam bonés com a inscrição "Estamos com Lula".
O ex-presidente afirmou que o ódio construído contra seu governo está prejudicando o Brasil. "Não é possível que o ódio que eles têm de mim faça com que eles prejudiquem o País", afirmou.
Lula disse que, se necessário, será candidato. "Nós vamos voltar a governar este País", destacou. O discurso do petista foi marcado por lembranças de seu governo e ataques ao presidente Michel Temer (PMDB), a quem o PT cobra a saída do cargo e a antecipação das eleições de 2018 pelo voto direto.
"O que está acontecendo no Brasil é algo anormal. Esse país não pode sair da alegria, do otimismo e da esperança que estava para a desgraça que estamos vivendo hoje."
O petista acusou o presidente Temer de entregar a Petrobras a multinacionais e destruir todas as políticas de valorização nacional da empresa.
Lula defendeu que o governo federal precisa voltar a fazer investimentos diretos e a bancar financiamentos a pequenos empresários e consumidores através dos bancos públicos.