Lula sugere Rodrigo Pacheco para a disputa pelo governo de Minas Gerais em 2026 (Ricardo Stuckert/PR/Flickr)
Agência de notícias
Publicado em 30 de janeiro de 2025 às 17h56.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quinta-feira, 30, o nome do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para disputar o governo de Minas Gerais em 2026.
“Eu, se eu pudesse falar, eu falaria (se Lira e Pacheco entram no governo). Mas o que eu quero é que o Pacheco seja governador de Minas Gerais”, afirmou Lula.
Pacheco é cotado para entrar no governo na reforma ministerial, já que deixará a presidência do Senado no sábado. Lula evitou responder diretamente sobre mudanças no ministério após as eleições para os comandos da Câmara e do Senado, mas admitiu que mudanças podem ocorrer caso algum ministro não esteja atendendo às expectativas.
Questionado sobre a reforma, o presidente destacou que ficou satisfeito com a reunião ministerial realizada no início do ano na Granja do Torto. Ele também elogiou a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmando que ela tem condições de ser ministra, mas que ainda não conversou com ela sobre o tema.
“Trocar ministro é uma coisa da alçada do presidente. Eu, sinceramente, fiz a melhor reunião de ministério que já fiz em todo o meu tempo de governo no início do ano. Se tiver uma pessoa que foi chamada para administrar uma área e essa pessoa por qualquer razão não estiver atendendo, você troca.”
Auxiliares do presidente afirmam que Lula avalia colocar Gleisi Hoffmann na Secretaria-Geral da Presidência, pasta atualmente ocupada por Márcio Macêdo. A ida da presidente do PT para o governo também seria uma estratégia para resolver a sucessão da legenda.
Aliados da candidatura de Edinho Silva à presidência do PT consideram que Lula precisa definir o futuro de Gleisi antes do processo eleitoral da legenda. A entrada de Gleisi no governo poderia desestimular candidaturas que ampliariam divisões dentro do partido.
Lula leva em conta que Gleisi Hoffmann tem forte relação com movimentos sociais e já demonstrou capacidade de articulação política. A Secretaria-Geral da Presidência, comandada por Macêdo, é responsável pela interlocução com a sociedade civil.
Interlocutores do governo indicam que Gleisi pode ser convidada antes da eleição interna do PT, prevista para junho. No entanto, Lula tem demorado a fazer mudanças no ministério. Um exemplo citado é a saída de Paulo Pimenta da Secretaria de Comunicação Social (Secom), decidida em setembro, mas oficializada apenas em dezembro.
Caso a saída de Gleisi da presidência do PT se confirme, um dos vices-presidentes do partido assumiria um mandato-tampão até junho. Os quatro nomes cotados para essa função são:
O senador Humberto Costa e o líder do governo na Câmara, José Guimarães, são os mais bem posicionados para assumir temporariamente a liderança do partido.