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Lula diz a Moro não ter raiva, mas sim pena de Palocci

Segundo Lula, Palocci se preparou para cumprir um "ritual" no interrogatório feito por Moro na semana passada

Lula: "Fico pensando o que está pensando a mãe dele agora, que é militante e fundadora do PT" (Reuters)

Lula: "Fico pensando o que está pensando a mãe dele agora, que é militante e fundadora do PT" (Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de setembro de 2017 às 21h57.

São Paulo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou Antonio Palocci, ministro da Fazenda de seu governo, de "simulador" durante depoimento prestado nesta quarta-feira, 13, ao juiz federal Sergio Moro.

Segundo Lula, Palocci se preparou para cumprir um "ritual" no interrogatório feito por Moro na semana passada, com o objetivo de reduzir sua pena e conseguir a liberação de recursos bloqueados pela Justiça.

O ex-presidente disse ainda lamentar o que classificou de "serviço pequeno" prestado por Palocci, acrescentando não ter raiva, mas sim pena pela forma como o ex-ministro encerra uma "carreira tão brilhante".

"Fico pensando o que está pensando a mãe dele agora, que é militante e fundadora do PT. Fico imaginando como estão as pessoas que militavam com ele no PT. É lamentável. Eu, sinceramente, não tenho raiva do Palocci, tenho pena de ele ter terminado uma carreira tão brilhante como ele terminou", declarou Lula.

O ex-presidente afirmou que, por conhecer como Palocci reage em situações adversas, sabe que o ex-ministro foi até Moro para entregar um conjunto de simulações.

"Já vi Palocci em situações difíceis na área econômica. O Palocci veio preparado para dizer que havia um fundo que eu sabia, para dizer que o doutor Emilio Odebrecht tinha me procurado para conversar, para dizer que eu chamei ele para conversar para bloquear a Justiça", disse Lula.

"Foi um conjunto de simulações que o Palocci fez. Por isso, utilizei a palavra simulador", concluiu.

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