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Lula defende Rio em royalties, mas também fala em dividir pré-sal

Segundo Lula, mesmo que a votação do projeto fique para 2011, a presidente eleita Dilma Rousseff conhece bem o acordo

"Nós temos que agir com seriedade, não tirar do Rio o que o Rio tem direito", disse Lula (Renato Araújo/AGÊNCIA BRASIL)

"Nós temos que agir com seriedade, não tirar do Rio o que o Rio tem direito", disse Lula (Renato Araújo/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2010 às 16h27.

Rio de Janeiro - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta sexta-feira que o Estado do Rio não seja prejudicado na questão dos royalties do petróleo, mas também falou na possibilidade de partilhar os recursos do pré-sal com outros Estados.

De qualquer maneira, Lula colocou em dúvida a votação dos projetos do pré-sal ainda em 2010.

"Não sei se o Congresso consegue mais votar este ano. O Congresso funciona até o dia 17", disse Lula a jornalistas após lançamento ao mar do navio Sérgio Buarque de Hollanda, da Transpetro, subsidiária da Petrobras, que irá transportar derivados de petróleo.

"Nós temos que agir com seriedade, não tirar do Rio o que o Rio tem direito. E que a gente partilhe com os outros Estados a riqueza do pré-sal", acrescentou.

Segundo Lula, mesmo que a votação do projeto fique para 2011, a presidente eleita Dilma Rousseff conhece bem o acordo e dará um tratamento ao Rio de Janeiro igual ou melhor ao que foi feito em seu governo, por ter participado da discussão sobre os royalties.

"Tenho certeza que a relação de Dilma com o Rio de Janeiro vai ser tão perfeita e boa como foi a minha", afirmou Lula.

De acordo com o senador do Rio de Janeiro Lindenberg Faria, na próxima terça-feira a bancada do Rio se reúne com o vice-presidente eleito Michel Temer, atual presidente da Câmara dos Deputados, para discutir a distribuição dos royalties do petróleo no Brasil.

O senador afirmou que as especulaçoes sobre o parcelamento dos recursos dos royalties do pré-sal não partiu do governo. "O governo me garantiu que a proposta de parcelar não era do governo e sim da confederação dos municípios", disse Faria.

Desde o ano passado o governo tenta aprovar o novo marco regulatório para o petróleo que esbarrou na polêmica de uma nova distribuição de royalties, hoje restrita aos Estados produtores, mas que poderá beneficiar todos os Estados da Federação.

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