SAO PAULO, BRAZIL - OCTOBER 30: Candidate Luiz Inácio Lula Da Silva speaks by phone after being elected president of Brazil over incumbent Bolsonaro by a thin margin on the runoff at Intercontinental Hotel on October 30, 2022 in Sao Paulo, Brazil. Brazil electoral authority announced that da Silva defeated incumbent Bolsonaro and will rule the country from 2023 to 2027.(Photo by Daniel Munoz/VIEWpress) (Daniel Munoz/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 28 de junho de 2023 às 19h36.
Última atualização em 28 de junho de 2023 às 19h51.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que sua segurança pessoal será comandada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI). O novo modelo prevê uma estrutura híbrida, composta de integrantes da Polícia Federal, policiais civis e militares. O anúncio foi feito após uma reunião entre Lula e os ministros Rui Costa (Casa Civil), Flávio Dino (Justiça), Marcos Amaro (Gabinete de Segurança Institucional) e Esther Dweck (Gestão).
"Conforme tinha sido previsto, de forma consensual, harmônica, o presidente arbitrou por um modelo híbrido, em que todos vão trabalhar juntos", disse Rui Costa. "Teremos um time de forma entrosada garantindo a segurança das pessoas", afirmou o ministro.
Flavio Dino afirmou que não há divergências sobre o novo modelo e que GSI "terá caráter civil e militar":
"GSI terá caráter militar e civil. O importante é que temos um modelo que atende ao principal: terão proteção adequada as famílias e presidente e vice. Não há divergência entre Casa Civil, GSI, Polícia Federal.
Desde janeiro, a segurança de Lula era coordenada pela Polícia Federal por meio da Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata, uma estrutura provisória com vigência prevista até 30 de junho. A partir de 1º de julho, a secretaria será extinta.
"A Secretaria Extraordinária será extinta, como era previsto. Houve fator político para ser criada, e esse fator foi superado", esclareceu Dino.
O novo modelo a segurança presidencial será publicado na sexta-feira no "Diário Oficial da União".
"A coordenação é do GSI, de forma cooperada, participativa, integrada. E, eventualmente, a desejo do presidente ou do vice-presidente, pode-se convidar até mesmo policiais militares ou civil", disse Costa.
Atualmente, a secretaria responde ao chefe de gabinete do presidente, Marco Aurélio Ribeiro, e possui mais de 400 policiais, a maioria vindos da PF, mas também há integrantes da Força Nacional, das Forças Armadas, Polícias Militares e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Em governos anteriores, o trabalho sempre foi feito pelo GSI, mas no início da atual gestão houve a mudança por causa do receio do novo presidente de infiltração de militares bolsonaristas na equipe incumbida de protegê-lo.
Nos bastidores, policiais federais e integrantes do Gabinete de Segurança Institucional travaram uma intensa disputa para comandar o esquema de proteção do presidente.