Luiz Inácio Lula da Silva: ex-presidente afirmou, ainda, que há preconceito contra os programas que beneficiam os mais pobres (Heinrich Aikawa/Instituto Lula)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2013 às 17h00.
Brasília - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou de ironia para dizer que a 3ª Conferência Global sobre o Trabalho Infantil não tem sido divulgada no país.
"Eu tinha a impressão de que esse evento estava proibido para a imprensa, porque um assunto dessa magnitude, com resultados extraordinários conquistados por muitos países do mundo e no Brasil, mereceu menos atenção do que qualquer outro assunto mais banal do noticiário brasileiro", disse, sem detalhar os temas.
"É uma pena que muitas vezes as coisas sérias não são tratadas com seriedade. É uma pena que muitas vezes as coisas banais, as coisas secundárias, sejam tratadas de forma quase que sensacionalista", disse.
Ele citou como exemplo reportagens sobre fraudes no programa Bolsa Família.
"Se tivessem roubado banco, era assaltante roubando banco. Mas como é assaltante roubando o Bolsa Família, é o Bolsa Família que tem problema. Estamos acostumamos a tomar bordoada e eles sabem que temos casco de tartaruga, somos teimosos e estamos no caminho certo", disse.
O ex-presidente afirmou, ainda, que há preconceito contra os programas que beneficiam os mais pobres. "Quando a gente dá dinheiro para rico, é investimento. Quando é para pobre, é gasto", afirmou.
Lula discursou na 3ª Conferência Global sobre o Trabalho Infantil, em Brasília. Antes de falar, o ex-presidente cumprimentou um a um os adolescentes que participam do evento, deu autógrafos e tirou fotografias com o grupo, usando boné e óculos escuros dos jovens.