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Lula comenta plano golpista para matá-lo: 'A tentativa de me envenenar não deu certo'

Lula fez comentário ao abrir discurso no Planalto, em evento sobre rodovias

Lula em discurso no Planalto: “Eu estou vivo”, em referência ao plano golpista de militares (Mandel Ngan/AFP)

Lula em discurso no Planalto: “Eu estou vivo”, em referência ao plano golpista de militares (Mandel Ngan/AFP)

Agência o Globo
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Publicado em 21 de novembro de 2024 às 14h28.

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Na última terça-feira, uma operação da Polícia Federal resultou na prisão de quatro militares e um policial federal acusados de planejar um golpe de Estado em 2022. O plano previa o assassinato de Luiz Inácio Lula da Silva, então presidente eleito, Geraldo Alckmin, vice-presidente eleito, e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O plano, descrito em um documento intitulado “Punhal verde amarelo”, detalhava o uso de armamento pesado e até envenenamento. As investigações apontam o general do Exército Mário Fernandes como o mentor do esquema. Na época, Fernandes era o número 2 da Secretaria-Geral da Presidência e, segundo a apuração, teria levado cópias do plano a uma reunião no Palácio da Alvorada com a presença de Jair Bolsonaro.

Lula se manifesta: “Eu estou vivo”

Nesta quinta-feira, 21, Lula comentou o plano pela primeira vez em um evento no Palácio do Planalto. O presidente declarou:

“Eu sou um cara que tenho que agradecer muito mais porque eu estou vivo. A tentativa de me envenenar, eu e o Alckmin, não deu certo, nós estamos aqui”.

O evento abordava concessões de rodovias, mas Lula aproveitou para reforçar a necessidade de construir um país mais harmônico:

“E eu não quero envenenar ninguém. Eu não quero nem perseguir ninguém. A única coisa que eu quero é que quando terminar o meu mandato a gente desmoralize com números aqueles que governaram antes de nós”.

Investigações seguem avançando

As apurações fazem parte do chamado “inquérito do golpe”, que investiga possíveis ações para impedir a posse do atual governo após a derrota eleitoral de Bolsonaro. A ação, conduzida pela PF, foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.

O caso reacende discussões sobre a segurança institucional no Brasil e sobre a escalada de tensões políticas nos últimos anos.

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