O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou que quem deveria tomar uma decisão sobre o destino do ministro das Comunicações, após seu indiciamento pela Polícia Federal, é seu partido, o União Brasil. Juscelino foi indiciado pela PF em inquérito sobre suposto desvio de emendas no Maranhão.
"Tem um fato novo, indiciamento. O presidente vai embarcar. Ele vai ser informado de tudo e vai tomar uma decisão. Na verdade, quem teria que tomar uma decisão é o partido dele", disse Jaques ao ser questionado sobre a situação do ministro.
Acusações de desvio de emendas
A Polícia Federal indiciou por organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva o ministro, em um inquérito que investiga suspeitas de desvio de emendas parlamentares para pavimentação de ruas de Vitorino Freire, no interior do Maranhão. A cidade é comandada por sua irmã, Luanna Rezende, que chegou a ser afastada do cargo no ano passado, mas retomou o mandato após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). É a primeira vez que um integrante do primeiro escalão do atual mandato de Luiz Inácio Lula da Silva é indiciado. Em nota, o ministro nega irregularidades e aponta "ação política" da corporação.
Posicionamento do União Brasil
Em nota assinada pelo presidente do partido, Antonio Rueda, o União Brasil defende o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, e afirma que não irá “admitir pré-julgamentos condenações antecipadas” sobre o ministro, deputado federal eleito pela sigla.