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Luiz Henrique: não serei submisso, mas não serei antagônico

Senador formalizou sua candidatura à presidência da Casa e teceu críticas ao favorito ao posto, Renan Calheiros


	Luiz Henrique: "não ficarei fazendo indicações para ministros e dirigentes de empresas estatais"
 (Antonio Cruz/Abr)

Luiz Henrique: "não ficarei fazendo indicações para ministros e dirigentes de empresas estatais" (Antonio Cruz/Abr)

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Da Redação

Publicado em 1 de fevereiro de 2015 às 16h52.

Brasília - O senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC) discursou na tribuna do Senado, formalizando sua candidatura à presidência da Casa e tecendo duras críticas ao seu oponente, o atual presidente Renan Calheiros (PMDB-AL), favorito nessa disputa. 

Luiz Henrique acusou Renan de se "vergar" ao Palácio do Planalto para indicar ministros e executivos de estatais, numa referência indireta ao presidente da Transpetro, Sérgio Machado, licenciado após ser citado na operação Lava Jato, da Polícia Federal.

"Não ficarei fazendo indicações para ministros e dirigentes de empresas estatais. Até porque, quando o presidente do Congresso se verga para pedir favores ao Executivo, perde a autonomia necessária", alfinetou.

Pouco antes da artilharia contra Renan, Luiz Henrique falou sobre mudanças e sobre a necessidade do Senado ser mais democrático. "O povo nos convocou para fazer mudanças. Ou mudamos ou seremos mudados", disse, relembrando uma frase história do ex-presidente do Congresso Nacional Ulysses Guimarães, do PMDB, morto em acidente aéreo em 1992. "Não se pode aprisionar o sentimento de mudança que vem das ruas e ronda os corredores do Congresso", emendou.

Segundo Luiz Henrique, os 27 senadores que tomaram posse hoje foram "legitimados pelo vento da mudança" e que, por essa razão, é preciso o compromisso deles com esse desejo da sociedade. "O povo espera confiante o primeiro voto de cada um neste momento e o povo tem pressa. Está exigindo que façamos as reforma política, fiscal e tributária há tanto tempo adiadas", disse.

O senador catarinense se comprometeu ainda a colocar em votação a reforma política, incluindo um limite para o financiamento privado de campanhas e um debate sobre o tempo dos mandatos. O peemedebista se disse também comprometido a fazer uma "gestão política e administrativa eficiente, transparente e sobretudo descentralizada", caso eleito presidente do Senado.

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