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Lucro de empresas de ônibus é de R$ 152,5 mi

O número equivale a 16% do subsídio pago aos operadores do sistema em 2012


	A abertura das planilhas do sistema de transporte público ocorre após a pressão das manifestações de junho
 (AGLIBERTO LIMA/VEJA SÃO PAULO)

A abertura das planilhas do sistema de transporte público ocorre após a pressão das manifestações de junho (AGLIBERTO LIMA/VEJA SÃO PAULO)

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Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2013 às 10h02.

São Paulo - A margem de lucro das 17 empresas concessionárias de ônibus da cidade de São Paulo no ano passado foi de R$ 152,5 milhões. O número equivale a 16% do subsídio pago aos operadores do sistema em 2012: R$ 953 milhões foram repassados pela Prefeitura para cobrir gratuidades e integrações tarifárias.

O dado foi divulgado nesta sexta-feira, 19, pela São Paulo Transporte (SPTrans) que, contudo, não informou o lucro das cooperativas de vans e micro-ônibus, que têm contratos diferentes. Dividido só pelo número de ônibus administrados pelas empresas (8,1 mil), é um lucro médio de R$ 18,8 mil por veículo.

Nem todas as empresas fecharam o ano no azul. As viações Novo Horizonte, Gatusa e Oak Tree tiveram um débito conjunto de R$ 20,7 milhões. Na Novo Horizonte, da zona leste, funcionários pararam de trabalhar por algumas horas anteontem por suposta falta de recebimento de horas extras. Mas o diretor de Gestão da SPTrans, Adauto Faria, descartou uma intervenção da Prefeitura na companhia. "A cidade já conviveu com isso (intervenções da administração) e os resultados não foram bons."

A abertura das planilhas do sistema de transporte público ocorre após a pressão das manifestações de junho, muitas delas focadas na má qualidade do setor e no preço da tarifa. O prefeito Fernando Haddad (PT) ordenou o cancelamento da nova licitação para o serviço. Os contratos atuais, assinados há dez anos, venceram ontem - até que o novo edital seja publicado, eles serão prorrogados.

Sigilo

Criada para desvendar a chamada "caixa-preta" do serviço público de ônibus da capital, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Transportes, da Câmara Municipal, decidiu trabalhar com documentos mantidos em sigilo. A medida contrasta com a proposta original da comissão, que era a de dar transparência às contas do sistema. Na semana que vem, Faria será ouvido pela CPI. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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