Ao defender a atuação de Mercadante no Ministério da Educação, Lindbergh afirmou que o ministro "conseguiu a maior vitória da educação brasileira" (José Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 28 de junho de 2013 às 17h37.
Brasília - O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) defendeu nesta sexta-feira, em entrevista, a atuação do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, como articulador político informal do governo Dilma Rousseff nos debates sobre a realização de um plebiscito para realizar a reforma política pelo Congresso Nacional.
O petista reagiu ao pedido de demissão, feito mais cedo pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF), de Mercadante da pasta da Educação.
"É natural que, nos momentos de crise como essa, os ministros com mais experiência e capacidade de articulação estejam mais próximos da presidenta ajudando na elaboração das respostas", disse Lindbergh Farias.
Ao defender a atuação de Mercadante no Ministério da Educação, o petista afirmou que o ministro "conseguiu a maior vitória da educação brasileira": a aprovação, pela Câmara dos Deputados, de projeto que estabelece que 75% das receitas dos royalties do petróleo sejam destinadas para a educação.
A matéria ainda será apreciada pelo Senado e, conforme o projeto original enviado pelo governo em maio ao Congresso, Mercadante insistirá na defesa que 100%, e não os 75%, sejam destinados para a área.
"O que sempre se criticou é que tínhamos ministros da Educação sem capacidade política", afirmou Lindbergh, lembrando que a atuação de Mercadante foi decisiva para a aprovação do texto. "A crítica é injusta, ainda mais neste momento", completou.
Mais cedo, Cristovam - ex-ministro da Educação no governo Lula - defendeu a demissão de Mercadante.
"Sinceramente, se ele é realmente útil na Casa Civil, junto à presidenta, ela deveria tê-lo por mais tempo. E, para isso, a gente tem que colocar alguém no Ministério da Educação", respondeu o pedetista. "Eu sou da área, eu converso, as pessoas estão se ressentindo da falta de um ministro da Educação no Brasil", completou ele.