Brasília - O líder do PSDB na Câmara, Antônio Imbassahy (BA), lamentou nesta quarta-feira, 13, a morte do candidato à Presidência Eduardo Campos (PSB) em acidente aéreo nesta manhã em Santos, no litoral de SP.
O deputado tucano chamou o acidente de "tragédia que se abateu sobre todos".
Imbassahy disse que o "desaparecimento inesperado" de Campos foi algo "impensado".
"O acidente aéreo vitimou não apenas um personagem da política nacional, mas uma grande personalidade brasileira. O país perde um líder carismático, um guia, um homem de família, pai exemplar e marido amoroso", disse em nota.
O líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), também se solidarizou com os familiares de Campos.
"Estou profundamente chocado com a morte de Eduardo Campos, com quem tinha uma relação bastante amigável e respeitosa", afirmou a nota.
Cunha avaliou, ainda, a perda do candidato para o quadro político e as eleições deste ano.
"O país e o processo eleitoral perderão muito do debate que a inteligência do Eduardo iria protagonizar", disse.
Homenagem
A Câmara dos Deputados fará uma sessão solene em homenagem a Eduardo Campos na próxima terça-feira, 19, às 15h.
Este tipo de sessão é a maior honraria concedida pelo plenário da Câmara. Mas, como o plenário Ulisses Guimarães está em reforma, a homenagem será realizada no auditório Nereu Ramos, no subsolo da Casa legislativa, onde os deputados têm despachado.
A sessão foi convocada pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que declarou mais cedo a perda de Campos como "uma dor insuportável".
Senado
Em nota, o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), também lamentou a morte do "fraternal amigo" Eduardo Campos.
Para Eunício, que foi colega de Esplanada do presidenciável durante o governo Lula, a dimensão da falta que Campos fará ao Brasil é "incalculável".
"Tive o privilégio de uma longa proximidade com Eduardo. Convivemos como deputados, fomos juntos líderes, fomos juntos ministros e, sobretudo, compartilhamos com nossas famílias a intimidade de amigos. Eu, Monica (mulher do Eunício) e meus filhos estamos profundamente tristes e chocados com esta tragédia", afirmou o líder do PMDB, que é candidato ao governo do Ceará.
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1. Vida política
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1/10 (Fabio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)
São Paulo -
Eduardo Campos nasceu em uma das famílias mais influentes do Brasil. E faleceu buscando o compromisso maior com a vida política: a presidência do Brasil. O candidato morreu nesta quarta-feira aos 49 anos. Ele estava
no jatinho que caiu nesta manhã em Santos. Veja nas fotos a seguir os principais momentos de sua vida.
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2. Início
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2/10 (Evaldo Costa/Flikr)
Eduardo Henrique Accioly Campos nasceu em Recife, Pernambuco, em 10 de agosto de 1965. Filho do escritor Maximiano Campos e da atual ministra do Tribunal de Contas da União Ana Arraes e neto de Miguel Arraes, Campos nasceu em uma família de políticos. Em 1990, começou sua carreira política oficialmente ao ser eleito deputado estadual pelo
PSB.
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3. Família política
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3/10 (Alexandre Belem/JC Imagem)
Em 1986, envolveu-se na campanha para governador do avô, Miguel Arraes. Miguel Arraes foi um importante político brasileiro, tendo sido deputado estadual e governador do estado do
Pernambuco três vezes. Arraes passou 15 anos exilado por conta da ditadura. Em 1994, Campos integrou o governo de Arraes, onde ocupou o cargo de secretário da Fazenda de Pernambuco entre 1995 e 1998.
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4. Ministro do governo Lula
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4/10 (Aluísio Moreira/Divulgação)
Após três mandatos como deputado federal, Campos assumiu, no início do governo
Lula, de 2003 a 2005, o cargo de Ministro da Ciência e Tecnologia. No mesmo ano, assume a presidência nacional do PSB.
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5. Governador
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5/10 (Wikimedia Commons)
Em 2006, foi eleito
governador de Pernambuco com mais de 60% dos votos válidos. Em 2010, foi reeleito com a maior porcentagem dos votos válidos de todo o Brasil: 83%.
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6. Parceria com Lula e Dilma
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6/10 (Aluísio Moreira/Divulgação)
Em 2009, Campos integrou a campanha da eleição de
Dilma Rousseff. Em 2010, chegou a afirmar que apoiaria a presidente em 2014, mas, desde 2013, vinha dando sinais de rompimento com o rumo político que o governo tomava.
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7. Campanha para a presidência
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7/10 (Antonio Cruz/ABr)
Em abril deste ano, Eduardo Campos deixou o cargo de governador do Pernambuco para concorrer à Presidência do Brasil pelo PSB, ao lado de
Marina Silva. Campos e Marina estavam em 3º lugar na corrida eleitoral para a presidência da República.
O futuro da campanha ainda é incerto.
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8. Suassuna
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8/10 (Divulgação/ Flickr Eduardo Campos)
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9. Mãe
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9/10 (Roberto Pereira/Divulgação)
Ana Arraes, mãe de Eduardo Campos, também seguia a veia política da família. Membro do PSB desde 1990, foi eleita Deputada Federal em 2006. Em 2010, foi reeleita, mas deixou o cargo em 2011 para ocupar a cadeira de Ministra do Tribunal de Contas da União.
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10. Família
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10/10 (Divulgação/Facebook/Eduardo Campos)
Eduardo Campos deixa a esposa, Renata Campos, e cinco filhos. O mais novo integrante da
família, Miguel, nasceu em janeiro deste ano. Triste coincidência, ele morreu no mesmo dia que o avô, de quem herdou a veia política: 13 de agosto de 2005.