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Líderes de sem-teto ganham cargos na gestão Haddad

As nomeações fazem parte de um pacote de benefícios que a atual gestão concedeu aos movimentos de moradia que pressionavam Haddad


	Fernando Haddad: prefeito de São Paulo também quer transformar em moradia popular definitiva 13 dos 47 prédios estão invadidos por movimentos organizados
 (Antonio Cruz/ABr)

Fernando Haddad: prefeito de São Paulo também quer transformar em moradia popular definitiva 13 dos 47 prédios estão invadidos por movimentos organizados (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2013 às 16h50.

São Paulo - Dos principais líderes de movimentos de sem-teto de São Paulo, dois foram nomeados em cargos comissionados da gestão do prefeito Fernando Haddad (PT).

O coordenador da Frente de Luta por Moradias (FLM), Osmar Silva Borges, um dos principais líderes das invasões ocorridas no centro da capital paulista em fevereiro e outubro de 2012, virou assessor de superintendência na presidência da Companhia Metropolitana de Habitação (Cohab), com salário mensal de R$ 5.538,55, de acordo com relação oficial de funcionários da estatal disponível no portal da transparência da Prefeitura.

A coordenadora da Associação dos Trabalhadores Sem Teto da Zona Noroeste, entidade filiada à União Nacional por Moradia Popular (UNMP), Vera Eunice Rodrigues da Cunha, virou assessora do gabinete da presidência da Cohab com salário de R$ 5.516,55. Eunice e Borges coordenaram as invasões em prédios da Avenida São João em 2012, ano das eleições municipais vencidas na capital pelo PT.

As nomeações fazem parte de um pacote de benefícios que a atual gestão concedeu aos movimentos de moradia que pressionavam Haddad a cumprir promessas de campanha.

Na semana passada, ele publicou portaria na qual permitiu que entidades organizadas de sem-teto indiquem quem precisa de atendimento no programa do governo federal.

Os movimentos querem indicar ao todo 20 mil famílias, o equivalente a 36,6% das 55 mil unidades que a gestão Haddad quer construir até o fim de 2016.

O prefeito de São Paulo também quer transformar em moradia popular definitiva 13 dos 47 prédios estão invadidos por movimentos organizados.

Outros sete terrenos públicos estão ocupados por entidades na zona sul. Agora, esses movimentos também poderão indicar quem mora nessas ocupações para atendimento no programa da administração federal Minha Casa, Minha Vida. A Cohab, onde Borges e Eunice ganharam cargos, é hoje comandada pelo PP do deputado Paulo Maluf (SP).

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