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Lideranças paulistas do PSDB falam em candidatura própria para prefeitura de SP

Apesar da iniciativa, lideranças municipais preferem apoiar o prefeito Ricardo Nunes em sua campanha pela reeleição

São Paulo: eleições para a capital paulista em 2024 chamam a atenção do PSDB (	Fabio Andrade/Getty Images)

São Paulo: eleições para a capital paulista em 2024 chamam a atenção do PSDB ( Fabio Andrade/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 26 de janeiro de 2024 às 18h58.

Última atualização em 26 de janeiro de 2024 às 19h18.

Integrantes do PSDB de São Paulo se reuniram nesta sexta-feira, 26, para definir detalhes da convenção estadual do partido, que deve acontecer no dia 25 de fevereiro próximo.

Os tucanos defendem a ideia de candidatura própria nas principais cidades do Estado, o que inclui a capital paulista, embora lideranças municipais prefiram apoiar o prefeito Ricardo Nunes (MDB) em sua batalha pela reeleição.

O presidente da executiva provisória, Paulo Serra, prefeito de Santo André, na região do ABC Paulista, afirmou que a discussão sobre a capital será após o dia 25 de fevereiro. "Depois da convenção que virão essas definições. Claro que o conceito e regra geral, um partido que quer se reposicionar e se reconectar com a sociedade não pode abrir mão de candidaturas próprias em cidades importantes, como é o caso da capital. Mas é uma discussão que será feita em parceria com a executiva nacional e após 25 de fevereiro", disse ao Estadão.

O prefeito de Ribeirão Preto, Antônio Duarte Nogueira Junior, afirmou não ver motivos para o partido não lançar candidatura própria na principal cidade do País. "O PSDB desde 1988, em todas eleições até a vitória do prefeito Bruno (Covas) em 2020, teve candidato a prefeito na capital. Não vejo razão para agora não ter. Vamos fazer a convenção estadual dia 25 de fevereiro. Em seguida, amadurecemos o partido na capital. Tanto majoritariamente como cuidar também da chapa de vereadores", disse.

A reunião tucana contou ainda com a presença do ex-senador José Aníbal, ex-prefeito de São José dos Campos Eduardo Cury, secretário-geral do partido, Carlos Balotta, e os ex-deputados Marco Vinholi e Ricardo Trípoli. A polêmica em torno do lançamento de candidatura própria causa um desgaste no PSDB da capital. Líder da bancada tucana na Câmara Municipal de São Paulo, o vereador João Jorge anunciou no domingo, 21, que vai deixar o PSDB após 32 anos como filiado.

"A dolorosa decisão pela desfiliação foi amplamente debatida com minha base política", disse Jorge em publicação no Instagram. "Meu destino partidário para disputar a reeleição como vereador da cidade de São Paulo será conhecido depois de conversar com o prefeito Ricardo Nunes a quem apoiarei em sua campanha de reeleição", acrescentou.

Já Orlando Faria deixou a presidência municipal do partido e vai atuar na campanha de Tabata Amaral, argumentando que ela tem mais chance de atrair o eleitor do PSDB. Enquanto a direção municipal do partido defende apoio à reeleição de Ricardo Nunes na capital, a direção nacional apoia candidatura própria.

Na dificuldade para encontrar um nome que aceite o desafio, o PSDB insiste em atrair de volta à sigla o ex-ministro Andrea Matarazzo para assumir a missão. Vereador eleito em 2012 pelo PSDB, partido pelo qual foi filiado entre 1991 e 2016, Matarazzo disputou a prefeitura de São Paulo na última eleição, já no PSD. Ele foi ministro da Secretaria de Comunicação Social do governo de Fernando Henrique Cardoso e embaixador em Roma. Ítalo-brasileiro, Matarazzo tentou uma vaga no Senado da Itália, mas não foi eleito. Ele obteve pouco mais de 27 mil votos e estava em uma coligação do Partido Democrático.

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