Lula (Lula/Facebook/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 23 de novembro de 2017 às 14h10.
Brasília - O líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (PT-RJ), afirmou nesta quinta-feira, 23, que vê como "desespero" a inclusão do nome de Luciano Huck como presidenciável para 2018.
Para ele, setores da sociedade estão "tentando achar um candidato" que seja competitivo para rivalizar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Estão tentando achar um candidato. Isso mostra um desespero, de como deu errado esse impeachment (da presidente Dilma Rousseff) e piorou a situação econômica do País", disse Lindbergh.
Pesquisa Ipsos divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo mostra o apresentador com uma melhora significativa de imagem nos últimos dois meses. A aprovação ao nome de Huck registrou salto de 17 pontos porcentuais desde setembro, passando de 43% para 60%. Já a desaprovação caiu de 40% para 32% no mesmo período.
Huck tem conversado com o PPS sobre uma possível filiação tendo em vista a disputa eleitoral do ano que vem.
"Acho que é forçar a barrar dizer que a aprovação de Huck dispara. Quando você vai ver, entender a pesquisa, é a aprovação em relação a atuação dele como apresentador de TV. Isso mostra o desespero. Depois de tudo isso que aconteceu no País, quem parece melhor entre os políticos é o Lula, com a menor rejeição entre os políticos", disse Lindbergh.
O senador Cristovam Buarque (PPS-DF), que também tem a intenção de se candidatar à Presidência e defende prévias no partido caso Huck venha a se filiar, também minimizou o resultado do levantamento.
"Se colocarmos os nomes do Faustão, Fernanda Montenegro, atores de novela, acho que também teriam aprovação desse tipo. É um nome. Candidato tem que vir carregado de uma proposta, de um passado na política", afirmou o senador. "Fica difícil responder sobre o nome do Huck porque não sei qual é a proposta dele para o Brasil."
Para o senador Magno Malta (Podemos-ES), cotado para ser vice de Jair Bolsonaro (PSC-RJ) em uma eventual chapa presidencial, Huck precisa colocar o seu nome na disputa para passar pelo escrutínio público.
"Ele é conhecido, já fez televisão. Mas quem tem interesse, tem que colocar o seu nome", afirmou. "É como numa corrida, não vence quem sai na frente, se vence no final, nos últimos 3 quilômetros."