"A presidente Dilma foi cirúrgica em sua fala, com um conteúdo e sentimento vinculado à democracia. Ela teve muita coragem em falar isso", comentou José Guimarães (Wilson Dias/ABr)
Da Redação
Publicado em 18 de junho de 2013 às 15h39.
Brasília - O líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães (CE), elogiou a coragem da presidente Dilma Rousseff de falar sobre as manifestações populares em todo o Brasil durante seu discurso no Palácio do Planalto, nesta terça-feira, 18, para lançar projeto de lei que regulamenta a mineração.
"A presidente Dilma foi cirúrgica em sua fala, com um conteúdo e sentimento vinculado à democracia. Ela teve muita coragem em falar isso", comentou o líder, ao lembrar que as manifestações fugiram, completamente, "aos mecanismos tradicionais" e que estão sendo feitas por "cidadãos brasileiros, sem vinculação partidária nenhuma, que resolveram gritar por mais políticas públicas ponto. Isso é o centro".
O deputado reconhece que houve exageros, mas observou que eles "se devem aos oportunistas de sempre e aos grupos que querem capitalizar politicamente". E emendou: "Mas isso não conta, e a prova disso é que ontem, de uma manifestação de mais de dez mil pessoas em frente ao Congresso, no final, eram apenas umas trezentas fazendo bagunça. Os cidadãos estão gritando: nós queremos melhorar a qualidade do serviço público". Ele mencionou que "não se sabe quem é quem e onde ela vai parar. É um terreno muito pantanoso".
Na opinião do líder do PT, os protestos são "contra a política tradicional". Para ele, "é contra os políticos e contra os partidos políticos em geral, independentemente de governo A ou B. Não é contra governo Dilma ou governo Alckmin. É contra todos. É uma exigência da democracia. Isso é produto da democracia".
Questionado se achava que a manifestação poderia se transformar em um "fora, Dilma", Guimarães declarou: "Não existe a menor possibilidade de isso se transformar em um movimento fora a presidente. Porque aí ia fazer movimento fora Alckmin (Geraldo Alckmin, governador de São Paulo), fora isso ou fora aquilo. Lembre-se que foi mais grave lá em São Paulo, e aqui o movimento não foi em frente ao Palácio, mas em frente ao Congresso. Portanto, não acredito (em fora, Dilma)", avaliou.