O deputado Vicentinho: líder do PT na Câmara acusou a oposição de "fazer jogo rasteiro" (Renato Araujo/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 4 de dezembro de 2014 às 16h51.
Brasília - O líder da bancada do PT na Câmara dos Deputados, Vicentinho (SP), espera que a conclusão na próxima terça-feira, 9, da votação do projeto que flexibiliza a meta do superávit primário seja mais rápida e fácil do que a sessão do Congresso Nacional de ontem.
"Terça será votação simples, com maioria simples", afirmou.
O petista minimizou o fato de só 40 dos 71 deputados do PMDB terem ficado até o final da votação que durou quase 19 horas.
A proposta do governo poderia ter sido liquidada ontem, mas não houve quórum para a conclusão da votação nesta madrugada.
"Alguém saiu dali, mas não posso dizer que foi uma saída programada, deliberada, até porque o mais importante foi aprovado", comentou.
Vicentinho negou que os aliados tenham feito "chantagem" com o Palácio do Planalto em função da distribuição de cargos na reforma ministerial.
"Tenho convicção que não foi", insistiu.
Segundo ele, o convite da presidente Dilma Rousseff para ampliar o diálogo com a base foi decisivo para que os aliados seguissem a orientação do governo.
"Nada como um carinho, né? Um carinho é sempre bom", brincou.
O petista disse esperar que Dilma mantenha abertura para o diálogo com o Parlamento.
"Conversar é sempre bom. Que a presidente faça assim sempre", desejou.
Em sua avaliação, as manobras regimentais utilizadas pela oposição para retardar o processo de votação e o término da apreciação dos dois vetos presidenciais que trancavam a pauta atrapalharam a aprovação final do projeto.
O pior, de acordo com ele, já passou. "Quando a base está unida, por mais que obstruam, a gente vence no final das contas", disse.
Para o petista, os parlamentares entenderam a importância do projeto e "agiram com responsabilidade".
O líder acusou a oposição de "fazer jogo rasteiro" e concluiu que os governadores de partidos de oposição não apoiariam a postura de seus representantes no Congresso Nacional contra a mudança na meta fiscal.