Ao mencionar o "pibinho" de 2012, de 0,9%, Sampaio afirmou que os dados divulgados nesta quarta-feira pelo IBGE reforçam os problemas de falta de infraestrutura do país (Valter Campanato/ABr)
Da Redação
Publicado em 29 de maio de 2013 às 15h10.
Brasília - O líder do PSDB na Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP), disse nesta quarta-feira, 29, que não há motivos para comemorar o crescimento de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano em comparação com igual período em 2012.
Na avaliação do tucano, o governo não está conseguindo adotar medidas que façam a economia crescer, e isso é preocupante. Segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em relação ao trimestre anterior, o crescimento do PIB foi de 0,6%.
"Isso evidencia que, ao longo do ano, nós teremos no máximo, a continuar nesta posição, 2,4%. É muito abaixo de 3,5%, que foi a previsão do governo, e de 2,8%, que é a previsão do mercado. Não vejo motivo para comemoração, vejo motivo para muita preocupação", criticou.
Ao mencionar o "pibinho" de 2012, de 0,9%, Sampaio afirmou que os dados divulgados nesta quarta-feira pelo IBGE reforçam os problemas de falta de infraestrutura do país. Em sua avaliação, setores como a agricultura poderiam ter resultados mais expressivos se a questão do escoamento dos grãos estivesse resolvida. "O resultado é isso: um PIB baixíssimo, preocupante, demonstrando que a inflação volta a preocupar brasileiro", acrescentou.
Desarticulação política
O tucano também culpou o governo pela perda da validade na próxima segunda-feira, 03, das Medidas Provisórias 601, que desonera a folha de pagamento de vários setores, e 605, que permite o uso de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para compensar descontos concedidos a setores e viabilizar a redução da conta de luz.
As duas medidas foram aprovadas na terça-feira, 28, pela Câmara, mas não serão apreciadas pelo plenário do Senado por falta de prazo. Para Sampaio, isso se deve à falta de articulação política do Palácio do Planalto na condução de sua base aliada de 420 deputados na Casa, que enfrenta dificuldades até para reunir o quórum mínimo (257 parlamentares) para votar as MPs.
"Isso está inviabilizando a aprovação das MPs, não é a oposição. Nós somos 90 deputados. Com 420 eles têm condições de aprovar o que quiserem e quando quiserem", alfinetou.