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Líder do PPS quer anular votação que criou PPPs no Congresso

A emenda foi incluída no texto da MP, que aumenta as alíquotas do PIS/Pasep e da Cofins para a importação


	De acordo com Rubens Bueno, a anulação da votação precisa ser feita pelo STF, uma vez que o artigo aprovado, que permite a celebração de PPPs, não cumpriu os requisitos previstos na Constituição
 (Gustavo Lima/Câmara dos Deputados)

De acordo com Rubens Bueno, a anulação da votação precisa ser feita pelo STF, uma vez que o artigo aprovado, que permite a celebração de PPPs, não cumpriu os requisitos previstos na Constituição (Gustavo Lima/Câmara dos Deputados)

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Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2015 às 08h39.

Brasília - O líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), ingressou hoje (21) no Supremo Tribunal Federal (STF) com mandado de segurança contra a aprovação na noite de ontem (20), pela Câmara, de artigo incluído na Medida provisória (MP) 668 que permite ao Poder Legislativo fazer parcerias público-privadas (PPPs) para a construção de edifícios anexos à Câmara.

A emenda foi incluída no texto da MP, que aumenta as alíquotas do PIS/Pasep e da Cofins para a importação. 

De acordo com Rubens Bueno, a anulação da votação precisa ser feita pelo STF, uma vez que o artigo aprovado, que permite a celebração de PPPs, não cumpriu os requisitos previstos na Constituição, que são os exigidos para a edição de MPs: urgência e relevância do assunto. Segundo o líder, o artigo aprovado não tem relevância e urgência para tramitar em medida provisória.“É um tema estranho ao foco da matéria principal da MP”, destacou. 

Para o líder do PPS, não é atribuição do Parlamento fazer contratos por PPPs. Ele citou decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que impede o Judiciário de fazer parcerias com a iniciativa privada.

“Fomos ao Supremo para derrubar  esse contrabando em letras garrafais. Essa medida provisória jamais deveria ter recebido uma emenda como esta. Não estamos discutindo  aqui construção de shopping, de garagem”, afirmou. 

Segundo o líder, a obra já batizada de “Parlashopping” não tem a menor relevância para o país. “Não é de interesse da  educação, não é de interesse da saúde, não é de interesse da segurança, nem do povo brasileiro”, destacou.

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