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Líder comunitário da Favela da Rocinha é executado a tiros

O líder comunitário chegou a ser preso durante a ocupação da Rocinha por forças de segurança do estado, no dia 13 de novembro do ano passado

Helicóptero sobrevoa a Rocinha (Divulgação/Governo do Estado do Rio de Janeiro/Marino Azevedo)

Helicóptero sobrevoa a Rocinha (Divulgação/Governo do Estado do Rio de Janeiro/Marino Azevedo)

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Da Redação

Publicado em 27 de março de 2012 às 00h09.

Rio de Janeiro – O presidente da Associação de Moradores e Amigos do Bairro Barcelos (Amab), na Favela da Rocinha, em São Conrado, zona sul da cidade, foi morto a tiros na tarde de hoje (26), ao sair da sede da associação, na Travessa Altemar, na localidade conhecida como Via Ápia. Vanderlan Barros de Oliveira, de 41 anos, conhecido como Feijão, de acordo com testemunhas, foi morto por três homens. Um deles usava um colete de mototaxista da região.

O delegado titular da Divisão de Homicídios, Rivaldo Barbosa, disse que Feijão foi morto com pelo menos um tiro na cabeça.

O líder comunitário, durante a ocupação da Rocinha por forças de segurança do estado, no dia 13 de novembro do ano passado, chegou a ser preso. Havia contra ele um mandado de prisão. No entanto, Feijão foi imediatamente liberado porque o documento já havia sido revogado pela Justiça.

Ele respondia a processo na Justiça pelos crimes de associação para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. O Ministério Público também investigava a ligação de Feijão com o traficante Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, que foi preso por policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar, quando tentava fugir da favela, quatro dias antes da Secretaria de Segurança Pública ter anunciado a ocupação da comunidade.

A Polícia Militar (PM) ocupa a Rocinha para implantação de unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) na região. Somente este mês três pessoas morreram na comunidade, devido a uma luta pelo poder do tráfico na região.

Para reforçar o policiamento, a PM mandou, na semana passada, 130 policiais recém-formados. Eles se juntaram ao efetivo do Batalhão de Choque, responsável pelo policiamento até a implantação das UPPs.

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