BR-040: nos leilões anteriores, foram outorgados à iniciativa privada direitos para operar 3.300 quilômetros de quatro vias federais (Collemes/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 26 de dezembro de 2013 às 14h27.
Rio de Janeiro - Quatro empresas e quatro consórcios de capital brasileiro estão habilitados para disputar amanhã, sexta-feira, a concessão para operar um lance da BR-040, no último leilão organizado pelo governo federal neste ano para conceder vias à iniciativa privada.
O número de interessados na gestão da estrada entre as cidades de Brasília e Juiz de Fora supera o de inscritos nos quatro leilões anteriores leilões de concessão de vias realizadas este ano pelo governo, segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT, regulador).
Os direitos para operar a BR-040, que inclui o compromisso de ampliar e modernizar a via, serão disputados individualmente pelas empresas de infraestruturas CCR, Invepar, Triunfo Participações e Contern Construções e Comércio.
No leilão que será realizado na Bolsa de São Paulo também participarão os consórcios "Via Capital", liderado pela operadora Ecorodovias; "Queiroz Galvão", com duas empresas do grupo; "Caminho Novo", liderado pela Encalso Construções; e "Integração", no qual sobressai a Fidens Engenharia.
A concessão sobre esta via de 936,8 quilômetros o grupo que oferecer a maior redução à tarifa máxima de pedágio estabelecida pelo governo, que é de R$ 8,30 por cada 100 quilômetros.
O vencedor assumirá os direitos de explorar a estrada por 30 anos, mas precisará que se comprometer com um mínimo de investimentos em obras de recuperação, conservação, manutenção, melhoria e ampliação da capacidade da via.
Nos leilões anteriores de concessões de estradas realizadas pelo governo este ano foram outorgados à iniciativa privada direitos para operar 3.300 quilômetros de quatro vias federais.
No último leilão, há duas semanas, o grupo brasileiro CCR superou as propostas de outras cinco empresas pela gestão de 847,2 quilômetros da estrada federal BR-163, que atravessa o estado do Mato Grosso do Sul.
A CCR se comprometeu a cobrar um pedágio de R$ 4,38 por cada trecho de 100 quilômetros, o que representa uma baixa de 52,7% com relação ao mínimo de R$ 9,27 estabelecido.
Segundo as condições da licitação, ao longo de três décadas de concessão, a CCR fará investimentos de R$ 6 bilhões na recuperação, manutenção, duplicação e ampliação da estrada.
No primeiro leilão, em setembro, o Consórcio Planalto obteve o direito de explorar 436,5 quilômetros da estrada BR-050 entre os estados de Minas Gerais e São Paulo ao se comprometer com uma tarifa de pedágio em 42,4% inferior à estabelecida pelo governo.
Os outros vencedores foram o grupo Odebrecht, que obteve um trecho de 851 quilômetros da estrada BR-163, e Triunfo Participações, que assumiu a gestão de 1.176 quilômetros em trechos das estradas BR-060, BR-153 e BR-262. EFE