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Leyser substitui Hilton como ministro interino do Esporte

De acordo com o Palácio do Planalto, a exoneração foi a pedido do próprio ministro George Hilton


	George Hilton: há duas semanas, Hilton deixou o PRB e se filiou ao PROS para poder permanecer no governo
 (Tomaz Silva/Agência Brasil)

George Hilton: há duas semanas, Hilton deixou o PRB e se filiou ao PROS para poder permanecer no governo (Tomaz Silva/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 30 de março de 2016 às 20h55.

Brasília - De nada adiantou a movimentação de George Hilton, que trocou o PRB pelo PROS para tentar seguir como ministro do Esporte. Nesta quarta-feira, a presidência da república anunciou oficialmente a saída do deputado federal por Minas Gerais do cargo de ministro.

Conforme já se especulava, ele será substituído de forma interina por Ricardo Leyser, do PCdoB de São Paulo, que já cuidava da preparação esportiva do País para os Jogos Olímpicos do Rio.

Com as mudanças que vão acontecer na Esplanada por causa da saída do PMDB do governo, auxiliares da presidente Dilma Rousseff afirmaram que a pasta também entrará na "repactuação" do governo com os demais partidos da base aliada.

George Hilton, que assumiu como ministro no início do segundo governo da presidente Dilma, havia se desfiliado do PRB para continuar na pasta depois que o partido decidiu romper com o governo, há cerca de 15 dias.

Na semana passada, porém, em uma negociação política com PRB, o Planalto havia acertado que Leyser assumiria o posto definitivamente. Apesar de ser do PCdoB, o nome dele era considerado mais afinado com o comando nacional do PRB.

Leyser é o responsável no governo por cuidar dos temas relativos à Olimpíada. Ele cuidou da organização dos Jogos Pan-Americanos do Rio, em 2007, e fez carreira no ministério, destacando-se como secretário Nacional de Esporte de Alto Rendimento.

Quando o PCdoB deixou o comando da pasta após 12 anos, na transição para o segundo governo Dilma, Leyser foi mantido no Esporte como secretário-executivo.

Dias depois de uma exoneração mal explicada no ano passado, ele foi realocado no comando do Alto Rendimento. No posto, manteve ótimo relacionamento com confederações, atletas e com o Comitê Olímpico do Brasil (COB).

O acordo do governo com o PRB previa que o restante da pasta continuaria sob o controle do partido e que a sigla poderia ganhar mais postos na Esplanada para voltar a se alinhar com o governo.

Atualmente, o PRB controla quase todo o ministério, tendo indicado os integrantes de três das principais cadeiras: o secretário-executivo (Marcos Jorge de Lima), o secretário de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social (Carlos Geraldo) e o secretário de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor (Rogério Hamam).

Matéria atualizada às 20h54

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