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Lewandowski: Defesa de João de Deus deve acessar laudos do Coaf

Advogados negam que médium sacou R$ 35 milhões de contas antes de se entregar à Justiça

Lewandowski: ministro liberou acesso a relatório do Coaf para defesa de João de Deus (Rosinei Coutinho/SCO/STF/Agência Brasil)

Lewandowski: ministro liberou acesso a relatório do Coaf para defesa de João de Deus (Rosinei Coutinho/SCO/STF/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 21 de março de 2019 às 21h41.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski decidiu hoje (21) que a defesa do médium João de Deus deve ter acesso a três laudos do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) usados na fundamentação da prisão preventiva. O ministro atendeu pedido feito pela defesa para que os documentos sejam liberados.

Em dezembro do ano passado, a defesa do médium negou que o cliente tenha sacado cerca de R$ 35 milhões de suas contas bancárias e aplicações financeiras antes de se entregar à Justiça. Segundo o advogado Alberto Toron, representante de João de Deus, o valor estava investido em um banco privado.

O médium foi preso no 16 de dezembro do ano passado sob a acusação de violação sexual mediante fraude e de estupro de vulnerável, crimes que teriam sido praticados contra centenas de mulheres na instituição em que atendia pessoas em busca de tratamento espiritual, em Abadiânia, Goiás.

No início da noite, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Nefi Cordeiro determinou que o médium deixe a prisão e seja encaminhado para internação no Instituto de Neurologia de Goiânia. De acordo com a decisão, o médium deverá ficar internado durante o período de quatro semanas, sob escolta policial, ou monitoramento por tornozeleira eletrônica.

O ministro atendeu a um pedido da defesa de João de Deus, que tem problemas de pressão arterial e um "aneurisma da aorta abdominal com dissecção e alto risco de ruptura", segundo os advogados.

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