Joaquim Levy: o ministro afirmou ainda que as novas medidas de ajuste fiscal anunciadas na última semana devem ser enviadas ao Congresso nesta segunda-feira (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 21 de setembro de 2015 às 15h41.
Brasília - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, admitiu nesta segunda-feira, 21, que o governo sabe que o debate sobre o Orçamento de 2016 será "difícil".
"Porque é lógico que, toda vez que você tem uma desaceleração econômica, há um sacrifício de todo mundo, um esforço de todo mundo, e o esforço nunca é pequeno, mas, enfim, é uma discussão muito importante para a gente dar rumo", disse.
Para Levy, é preciso ter o entendimento sobre o esforço que todas as medidas de ajuste significam para uma causa importante. "A gente tem que equilibrar nossa economia, botá-la em condições de voltar a crescer", destacou.
O ministro afirmou ainda que as novas medidas de ajuste fiscal anunciadas na última semana devem ser enviadas ao Congresso nesta segunda-feira.
"Isso deve ser feito oportunamente, acho que ainda hoje", disse ele, após reunião com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Levy evitou comentar se a reedição da CPMF, que faz parte do pacote, será enviada em forma de Proposta de Emenda à Constituição.
Nesse formato, o texto precisaria da aprovação de pelo menos 308 votos do deputados em dois turnos, algo considerado difícil, já que a base governista está fragilizada. "Vai ser uma decisão de governo", respondeu.
O ministro voltou a dizer que as medidas do pacote são importantes para equilibrar a economia. Ele afirmou que o encontro com Renan foi informal e tratou da "Agenda Brasil", com propostas de fortalecimento da economia.
Segundo ele, o governo vai enviar "brevemente" ao Congresso o projeto que trata da unificação do PIS/Cofins. "É muito importante para simplificar a vida das empresas, para dar segurança jurídica, dar transparência e ajudar o crescimento", disse.