Redator na Exame
Publicado em 21 de outubro de 2024 às 10h43.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) adiou a sua viagem à Rússia, onde participaria da Cúpula dos BRICS, após sofrer um acidente doméstico. A lesão, descrita como corto-contusa na região occipital — ou seja, um corte profundo na nuca — foi diagnosticada após avaliação médica no Hospital Sírio-Libanês em Brasília.
Apesar da gravidade inicial parecer menor, os médicos recomendaram que o presidente evite viagens longas, como a planejada para Kazan, na Rússia. Em vez de participar presencialmente, Lula conduzirá suas atividades na cúpula por meio de videoconferência.
O cardiologista Roberto Kalil Filho, que acompanha o caso, afirmou que, além do corte, há a preocupação com a recuperação total do presidente nas próximas semanas.
A lesão corto-contusa, conforme explica o guia de cuidado do ferimento do hospital Abert Einstein, é causada pela combinação de um corte com um trauma profundo. No caso de Lula, o impacto atingiu a parte posterior da cabeça, conhecida como região occipital, uma área sensível por sua proximidade com o crânio e o sistema nervoso central.
Esses tipos de ferimentos são comuns em acidentes que envolvem quedas ou impactos com objetos pesados e cortantes. O trauma pode causar dor intensa, sangramento, hematomas e, em casos mais graves, tontura, perda de consciência e até convulsões.
Para diagnosticar a extensão da lesão, exames de imagem como tomografia e raio-X são geralmente solicitados. Felizmente, no caso do presidente, o quadro não foi grave e não houve necessidade de intervenção cirúrgica. O tratamento consistiu em sutura do ferimento com cinco pontos, além de orientações para evitar viagens de longa duração.
O processo de recuperação pode variar de acordo com a gravidade da lesão. Em casos leves, como o de Lula, o prazo de recuperação estimado é de 7 a 10 dias, mas é importante seguir as recomendações médicas de repouso e acompanhamento. Embora tenha cancelado a viagem, Lula continuará com suas atividades no Palácio do Planalto.
A decisão de cancelar a viagem à Rússia foi tomada com base nas recomendações médicas. No entanto, o presidente participará da cúpula por meio de videoconferência, e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, liderará a delegação brasileira no evento presencial.