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Leilão de energia A-0 pode reduzir descontratação em 50%

Distribuidoras de energia são pressionadas atualmente pelos altos preços da energia de curto prazo


	Energia: leilões A-0 têm um histórico de contratação de 40 a 50 por cento, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica
 (REUTERS/Jose Manuel Ribeiro)

Energia: leilões A-0 têm um histórico de contratação de 40 a 50 por cento, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (REUTERS/Jose Manuel Ribeiro)

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Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2014 às 12h23.

Brasília - O leilão de energia A-0 que acontece na quarta-feira pode reduzir pela metade a descontratação das distribuidoras de eletricidade, pressionadas atualmente pelos altos preços da energia de curto prazo, afirmou o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, nesta terça-feira.

Segundo ele, a contratação de até 1.600 megawatts médios no leilão A-0 já representaria um sucesso do certame, que faz parte de conjunto de medidas do governo federal para reduzir o elevado preço da energia no curto prazo.

"A expectativa é de que preço (da energia no leilão) foi muito atrativo e que realmente deixará os agente interessados", disse Zimmermann, antes de participar de reunião do Conselho de Administração da Eletrobras.

"Acreditamos que o leilão vai ajudar a diminuir essa descontratação das distribuidoras, que é o grande objetivo do certame", acrescentou.

Ele afirmou que leilões A-0 têm um histórico de contratação de 40 a 50 por cento, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). "Esse leilão (de quarta-feira) tem características diferentes dos de energia nova. Então nós acreditamos que deve passar este percentual", disse Zimmermann.

Perguntado se o volume contratado poderia passar de 50 por cento, ele respondeu: "Até mais, mas acho que contratando 1.500, 1.600 megawatts médios já será um sucesso. Reduzirá praticamente à metade a descontratação." O presidente da CCEE, Luis Eduardo Barata, já havia dito na semana passada que uma contratação pra atender 40 por cento da necessidade já marcaria um resultado bom para o leilão.

As distribuidoras de eletricidade do país estão descontratadas em mais de 3,3 gigawatts (GW) médios, o que tem obrigado a compra de energia bem mais cara no mercado de curto prazo.

Em meados de abril, agentes do setor elétrico consideraram os preços-teto para o leilão de energia existente de quarta-feira como positivos, principalmente para os ofertantes de eletricidade de hidrelétricas, mas existiam dúvidas se haverá oferta suficiente para toda a demanda.

Os preços aprovados para o leilão pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) são de 262 reais por MWh para a energia térmica e de 271 reais por MWh para outras fontes, como hidrelétricas.

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