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Legislação branda, diz chefe da PF sobre penas de quatro anos para quem provoca incêndios criminosos

Andrei Rodrigues defende que Congresso Nacional defina condições de mecanismos para que polícias judiciárias atuem com mais rigor

 diretor geral da PF, Andrei Rodrigues, participa da abertura do 2º Encontro Nacional de Usuários da RedeMAIS 2024 (Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

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Agência o Globo
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Publicado em 27 de agosto de 2024 às 11h10.

Última atualização em 27 de agosto de 2024 às 11h14.

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Após a prisão de três pessoas por supostamente provocarem incêndios criminosos em São Paulo e em Goiás, no último fim de semana, o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, criticou, em entrevista à GloboNews, as penas a que eles poderão ser submetidos. Para o delegado, é essencial que o Congresso Nacional defina punições e ferramentas para que polícias judiciárias atuem com mais rigor a fim de que essas pessoas sejam responsabilizadas a altura da gravidade do dano gerado.

"A resposta do estado brasileiro neste momento é fundamental. No entanto, a pena máxima prevista para esse tipo de crime é de até quatro anos de reclusão. Então, teremos que atuar com crimes correlatos justamente para trazer essa ampliação de penas. A legislação é branda, já que não temos uma penalidade correspondente a gravidade do dano. É importante que o Congresso Nacional revisite essa legislação e então definida punições, ferramentas e mecanismos para as polícias judiciárias poderem atuar com mais firmeza e mais rigor", afirmou.

Rodrigues disse ainda que os presos devem responder pelo crime previsto no artigo 41 da Lei 9.605/98, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao Meio Ambiente. É possível ainda que se aplique ainda delitos correlatos, como associação ou organização criminosa.

Rodrigues explicou ainda que os inquéritos abertos pela corporação visam investigar se houve uma “ação humana liberada” para o cometimento dos incêndios que provocaram forte fumaça em diversas partes do Brasil. Cidades do interior de São Paulo e locais no Centro-Oeste, como Goiás e Distrito Federal, foram atingidos.

O delegado pontuou que estão sendo realizadas ações integradas entre a PF e as demais Forças de Segurança, como as polícias Civil e Militar dos estados afetados. Rodrigues disse que foi providenciado o envio de peritos especializados e ainda que estão sendo realizadas análises das imagens de satélites:

"Vejam que aquilo que poderia parecer 'apenas' um fogo em um canavial se tornou um grave problema nacional, afetando aeroportos, rodovias, a saúde das pessoas, o setor produtivo e a economia do país. Esperamos no menor tempo possível dar a resposta que a sociedade brasileira espera".

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