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Legado do Rio será maior que o de Barcelona, garante Paes

O prefeito do Rio de Janeiro disse que o legado deixado para a cidade será "maior que o de Barcelona"


	O prefeito do Rio, Eduardo Paes: "não fizemos nenhum elefante branco. E tenho orgulho de dizer que fizemos as Olimpíadas mais baratas da história"
 (Fábio Pozzebom/ABr)

O prefeito do Rio, Eduardo Paes: "não fizemos nenhum elefante branco. E tenho orgulho de dizer que fizemos as Olimpíadas mais baratas da história" (Fábio Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2016 às 18h04.

Rio de Janeiro - O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, afirmou nesta quinta-feira, durante entrevista coletiva na qual detalhou o uso que será feito das instalações esportivas após os Jogos Olímpicos, que o legado deixado para a cidade será "maior que o de Barcelona".

"Aprendi com o ex-prefeito de Barcelona (Pasqual Maragall) que há duas possibilidades: os Jogos que se servem da cidade e a cidade que se serve dos Jogos. O Rio vai se servir das Olimpíadas e nosso legado será maior que o de Barcelona", disse um confiante Paes ao lado do ministro do Esporte, Leonardo Picciani.

Durante a entrevista, Paes e Picciani fizeram um repasse da utilização posterior das instalações permanentes construídas para os Jogos no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, e no Complexo Esportivo de Deodoro.

"Não fizemos nenhum elefante branco. E tenho orgulho de dizer que fizemos as Olimpíadas mais baratas da história", ressaltou Paes, lembrando que os Jogos do Rio custaram R$ 3 bilhões dos cofres públicos e outros R$ 4 bilhões que vieram da iniciativa privada.

Nesse sentido, o prefeito do Rio destacou a importância das parcerias público-privadas (PPP) para garantir a sustentabilidade financeira dos projetos e manutenção das instalações que, após os Jogos, passarão a ser usadas pela população da cidade.

Segundo Paes, após a Olimpíada, as estruturas do Parque Olímpico e do Complexo de Deodoro terão gestão da iniciativa privada, do Exército e de confederações esportivas, por meio de convênio com Ministério do Esporte.

"O legado é a prioridade do Ministério. Queremos unificar os equipamentos e trabalhar desde a base até o topo da cadeia. Vamos investir na iniciação esportiva e no alto rendimento", declarou, por sua vez, Picciani, prevendo que essas áreas poderão começar a ser ocupadas pela população já no primeiro semestre de 2017.

O Parque Olímpico, área de 1,18 milhão de metros quadrados que receberá disputas de 16 modalidades olímpicas e nove paralímpicas, será transformado um amplo complexo esportivo e educacional na região da Barra e de Jacarepaguá, na Zona Oeste. Das nove instalações preparadas para os Jogos, sete serão mantidas depois de 2016.

Dentro desse complexo, a Vila Olímpica, por exemplo, dará lugar a um parque público com praças, ciclovias, áreas de convivência e quadras esportivas, enquanto a arena que receberá as competições de esgrima, taekwondo e judô paralímpico se tornará uma escola municipal voltada para o esporte com capacidade para mil alunos em horário integral.

Por sua vez, o Complexo Esportivo de Deodoro oferecerá à população a oportunidade de praticar esportes extremos em uma área de lazer que será a segunda maior da cidade. O circuito de canoagem, que já havia sido aberto no último verão, voltará a ser convertido em uma imensa piscina em uma das áreas do Rio mais carentes de equipamentos de lazer.

Segundo Picciani, a manutenção de Deodoro será custeada pelo governo federal a um custo de R$ 46 milhões por ano.

Por sua vez, Paes afirmou que a manutenção dos equipamentos de responsabilidade da prefeitura terão custo de R$ 13 milhões por ano.

"Nós nos orgulhamos do modelo que construímos. De, mesmo em uma crise política e econômica, o setor público e privado terem respondido às demandas para realizar os Jogos", concluiu o prefeito.

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