Eike Batista: iate de empresário foi arrematado por R$ 14 milhões (Wilson Dias/Agência Brasil)
Agência O Globo
Publicado em 27 de janeiro de 2020 às 10h45.
Última atualização em 27 de janeiro de 2020 às 10h51.
Rio de Janeiro — Parte do dinheiro de propina obtido com a corrupção na Petrobras e descoberto pela Operação Lava-Jato estava escondido em espécie: em contas no exterior, em envelopes entregues em hotéis ou em malas dentro de um apartamento em Salvador.
Contudo, muitos dos políticos, executivos e doleiros preferiam lavar esse dinheiro de forma diferente: comprando casas, apartamentos, carros ou lanchas. Quando descobertos, todos esses bens foram apreendidos e, após a condenação, levados para leilão. Segundo um levantamento feito pelo GLOBO, a operação já recuperou pelo menos R$ 76 milhões dessa forma.
O valor equivale a 135 leilões da operação no Paraná e no Rio de Janeiro cujos bens terminaram arrematados — alguns deles com desconto.
No entanto, mesmo com o valor vultoso, outras propriedades permanecem encalhadas, sem interessados. Entre os leilões, chamam a atenção alguns dos imóveis que ficaram famosos durante as investigações. Nenhum deles tanto quanto o tríplex do Guarujá, arrematado por R$ 2,2 milhões.
Quem também perdeu um barco foi o empresário Eike Batista, que no início deste ano voltou a negociar uma delação premiada. Seu iate, ironicamente nomeado de “Spirit of Brazil VIII” (Espírito do Brasil), foi comprado por R$ 14 milhões, o leilão mais caro dos levantados pelo GLOBO.