Barragens que se romperam pertencem à mineradora Samarco: curso d'água foi atingido pelos rejeitos de minério de ferro da represa (Corpo de Bombeiros/MG - Divulgação)
Da Redação
Publicado em 26 de novembro de 2015 às 18h34.
Belo Horizonte - A lama que vazou com o rompimento da barragem da Samarco no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, já provocou a morte de 11 toneladas de peixes ao longo do Rio Doce, conforme informações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
O curso d'água foi atingido pelos rejeitos de minério de ferro da represa. Do volume de peixes mortos recolhidos, oito milhões foram retirados no trecho mineiro do rio, entre os municípios de Rio Doce e Aimorés, e três milhões a partir desse município até a foz, no distrito de Regência, município de Linhares, litoral do Espírito Santo.
O recolhimento dos peixes, por determinação judicial, é feito pela Samarco com o acompanhamento de equipes do Ibama. Conforme o instituto, o trabalho ainda não foi concluído.
A morte dos peixes é causada basicamente pelo entupimento das guelras por lama. Baixos níveis de oxigênio na água, o que pode ser provocado pela presença em alta quantidade dos rejeitos de minério de ferro, também podem impedir a sobrevivência de animais aquáticos.